Miguel Alvarenga - Madame Min anda exaltadinha, enervadinha, excitadinha, continua a acordar todas as santas manhãzinhas “de pernas para o ar” e de mal com o mundo. E de mal com os outros. Com todos. Quase todos. Coitadita.
Madame Min devia deitar cartas, ir à bruxa, sei lá, tomar aspirinas, muitas, fazer qualquer coisa para ficar diferente, para ser feliz, para andar alegre, para lhe falarem nas praças de toiros e não a ignorarem nos recantinhos onde vai.
Madame Min não tem as portas abertas nas praças de toiros. Quase não entra em nenhuma. Madame Min vive - ou sobrevive - na tristeza diária de ser pessoa indesejada num mundo e num meio onde mais ninguém o é. Onde todos gostam de todos, mesmo que às vezes finjam que sim e que não, mas onde ninguém é assim pessoa tão indesejada como ela é. Temos pena. Mas não temos culpa. Cada qual colhe as tempestades que semeia.
Mesmo que ela insinue que fazem isso aos outros, à Madame Min ninguém paga publicidade, seja para dizer bem ou não. Basta ver o seu espacito, sempre despido de reclames. Ela também não fala, ignora, como se isso fosse fazer jornalismo, as touradas e os eventos dos empresários com quem não fala - e são quase todos. Quisesse Deus ou não, a ela nunca sairia nenhum Fiat 500... nem sequer uma trotineta... ou até mesmo um simples parzinho de patins.
Madame Min odeia este e aquele. E vomita diariamente o seu ódio no espacito onde escreve com alguns erros e que pensa que todos vão ler a correr.
Eu não vou. Mas não vou por não gostar, até gosto de ler as coisas da Madame Min. Quando tenho tempo e pachorra, até me divirto. Não vou porque tenho mais que fazer, perco muito pouco tempo a visitar sites na internet e quase nenhum, mesmo, a ver programas na televisão. Não tenho, por exemplo, o canal OneToro, como nunca tive os outros que existiam dantes. Não me interessam. Não têm qualquer relevância na minha vida essas coisas…
Não leio todos os dias a Madame Min, repito, esclareço. Por acaso li quando ela adiantou uns cartéis do Montijo e depois, quando eles foram oficialmente apresentados, até ressalvei aqui, era justo fazê-lo, que Madame Min os tinha já anunciado com antecedência.
Sobre o Campo Pequeno, confesso, não li nada que Madame Min tenha escrito antes. Soube as novidades que me disse quem de direito - e publiquei-as. Não sei, nem me interessa, se Madame Min já tinha publicado antes alguma coisa.
Sobre Montemor, soube pelos dois respectivos apoderados que Caetano e Moura Jr. iam tourear mano-a-mano em Maio na corrida promovida naquela praça pela empresa Toiros com Arte. Li também, dessa vez li, o que escreveu Madame Min. Depois, o cartel alterou-se. Há quem dia que Caetano saiu por não estar de acordo com os toiros (concurso) e há quem diga que Caetano saiu porque a 1 de Junho toureia com Guillermo Hermoso e Miguel Moura em Estremoz e, por isso, não quis estar quinze dias antes ali ao lado em Montemor…
Mas por isto ou por aquilo, Madame Min não perde a oportunidade de bicar este e aquele. A mim, é-me indiferente. Entra-me a dez, sai a mil. Continuo a ser à prova de bala. Nos últimos tempos, por exemplo, tem poupado o Mira. Mas o Rui Bento anda na mira de Madame Min, desde que não deu uma senha ao seu fotógrafo para Almeirim.
O Rui Bento é também à prova de bala, tanto como eu sou. Mas enquanto comigo a Madame Min escreve apenas umas patetices provocadas por algum excitamento matinal e que até me divertem e me dão vontade de rir, com o Rui a coisa já ultrapassa os limites do que a decência exige. E um dia destes, acreditem, vamos ter o caldinho entornado. Deus permita que não, mas…
Madame Mim - Reprodução Disney