Muitas caras conhecidas do mundo da política, empresarial, jornalístico e social marcaram ontem presença no almoço-debate do International Club of Portugal, que registou uma das maiores afluências de sempre, tal a curiosidade com que todos acompanham as participações em actos públicos do Almirante Henrique Gouveia e Melo, provavelmente à espera de que, a todo o momento, anuncie finalmente a intenção de se candidatar à Presidência da República, num momento em que as sondagens (embora valendo o que valem...) lhe dão uma distanciada vitória em relação a todos os restantes candidatos ou eventuais candidatos.
Mas, pelos vistos, vamos ter que continuar à espera. O Almirante já deu a entender que só tomará e anunciará uma decisão depois das eleições de Maio.
O almoço-debate do selecto International Club presidido pelo Dr. Manuel Ramalho, que nos seus tempos de juventude foi toureiro amador e é, ainda hoje, um aficionado atento e presente, sempre que pode, nas nossas praças, decorreu no Hotel Sheraton, em Lisboa.
Simpático, acessível, o Almirante Gouveia e Melo acedeu, sempre com um sorriso, a fotografar-se com muitos dos presentes e deixou uma belíssima impressão quando, sereno e confiante, subiu ao palco e falou, de improviso, sem discurso escrito, sobre "Liderança e Ambição Colectiva".
O ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, que o país conheceu enquanto coordenador do processo de vacinação contra a covid-19, defendeu que na campanha das próximas eleições legislativas de 18 de Maio se devem discutir propostas e perder menos tempo a discutir de o político "A" é mais imaculado do que o adversário. Recusou ser antipartidos ou autoritário.
Gouveia e Melo afirmou que Portugal precisa de "uma liderança com ética que olhe para o mundo e não para o umbigo perante uma nova ordem mundial caracterizada pela lei do mais forte".
O Almirante falou sobretudo de geoestratégia mundial, defendendo a tese de que na nova ordem mundial dominada pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela China, "impera a lei do mais forte" e estão a esbater-se as regressa do direito internacional citadas depois da II Guerra Mundial.
"O que nós precisamos é de lideranças capazes de perceber o mundo em que nós estamos envolvidos, em vez de olharem para o umbigo, para a nossa aldeiazinha. Precisamos de lideranças que olhem para o exterior e desenvolvam um dos pilares da democracia: a prosperidade. Sem prosperidade só podemos distribuir pobreza e não riqueza", sublinhou.
Fotos D.R./International Club of Portugal
 |
Miguel Alvarenga, Almirante Gouveia e Melo e Manuel Ramalho |
 |
Gouveia e Melo e o Presidente do International Club |
 |
José Melo Pinto e Cristina Santos Silva |
 |
Manuel Ramalho entrevistado para a SIC |
 |
As televisões estiveram ontem em peso no almoço do International Club of Portugal |
 |
Manuel Ramalho com Ana Rita Cavaco, ex-Bastonária da Ordem dos Enfermeiros |
 |
O Almirante com António Saraiva, Presidente da Cruz Vermelha |
 |
Fernando Negrão e António Saraiva |
 |
António Saraiva e Sousa Cintra |
 |
O Almirante e o Presidente do International Club |
 |
Ossanda Líber, presidente do partido Nova Direita |
 |
Miguel Alvarenga e Fatucha Pinto Bessa |
 |
José Caetano Pestana (à esquerda) |
 |
Rui Gomes da Silva |
 |
Paulo Sá e Cunha e Ângelo Correia |