quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A corrida de sábado em Estremoz pela objectiva de José Canhoto

Por uma questão de princípio e, sobretudo, de apoio e incentivo à nova estrela do toureio a cavalo, começamos esta reportagem com as fotos (em baixo) da actuação de Tomás Moura, o mais novo e o terceiro dos filhos do Maestro João Moura, no passado sábado em Estremoz, onde fez a sua prova para cavaleiro praticante, ficando aprovado com louvor e distinção, a mostrar que o sangue e a raça que lhe correm nas veias e na alma são exactamente os mesmos que há 50 anos deixaram a Espanha inteira a falar do "Niño Prodígio" e do cavalo branco, que se chamava "Ferrolho", naquela tarde célebre em que pela primeira vez saíu João Moura em ombros e em glória pela Porta Grande da Monumental de Las Ventas, em Madrid.

Tomás Moura enfrentou um belíssimo novilho da ganadaria de Paulo Caetano, que no final o acompanhou e ao forcado na aplaudida volta à arena. E foi a estrela da tarde, recebendo o oponente com uma sorte de gaiola e recriando-se depois em brega e na cravagem dos ferros com a emoção e a casta com que a dinastia Moura marca sempre a diferença.

Formavam o cartel seu pai, João Moura, seu primo João Moura Caetano e Francisco Palha, que lidaram seis exigentes toiros de Fernandes de Castro, cada qual no seu estilo, entusiasmando o público que, infelizmente, não chegava a preencher metade da lotação da praça de Estremoz - vá lá a perceber-se a razão de ser deste aparente divórcio da aficion local com a sua praça...

Pegaram os Amadores de Alcochete (Pedro Dias a dobrar duas tentativas de Afonso Capricho, que se lesionou; Tiago Feitor à primeira; Daniel Ferraz à terceira; e Gabriel Rodrigues na pega do novilho repartida com os companheiros de Monforte) e os Amadores de Monforte (Gonçalo Moreira a emendar Luis Vieira, que se lesionou depois de duas tentativas; Roberto Geadas à primeira, despedindo-se das arenas; e Nuno Ramalho à segunda).

Como já aqui referimos em detalhe, a empresa Toiros & Tauromaquia e a Tertúlia Tauromáquica de Estremoz homenagearam ao início da corrida o Engº João Luis Velez Peças (foto de cima), antigo gerente desta praça e ex-apoderado do cavaleiro João Moura.

Fotos José Canhoto












Momentos da prova de praticante de Tomás Moura, o novo Ás
da Dinastia de Monforte


50 anos depois, a mesma raça, a mesma arte: João Moura!


A classe e o temple de Moura Caetano, líder do escalafón


Raça e ousadia: a verdade de Francisco Palha

Os toiros de Castro foram pegados pelos forcados dos grupos
de Alcochete e de Monforte









Primeira pega: Pedro Dias (Alcochete) a sesgo, a dobrar 
Afonso Capricho, que se lesionou após duas tentativas











Segunda pega: Gonçalo Moreira (Monforte) na sua primeira 
intervenção, a dobrar Luis Vieira, que fez duas tentativas. Deu
volta à arena com o primeiro ajuda e com Moura Caetano



Tiago Feitor (Alcochete) na terceira pega à primeira tentativa






Segunda pega do Grupo de Monforte foi consumada por Roberto
Geadas, que se despediu das arenas







Daniel Ferraz (Alcochete) na quinta pega, à terceira tentativa





Terceiro e última pega dos Amadores de Monforte consumada
ao segundo intento por Nuno Ramalho








Novilho de Paulo Caetano pegado por Gabriel Rodrigues
(Alcochete) à terceira, com intervenção de elementos do
Grupo de Monfoprte