A gente a pensar que eles levavam isto a sério. Que se iam unir e criar uma Plataforma em Defesa da Festa, que iam tomar medidas a sério, exigir as bandarilhas espanholas, mostrar força aos políticos, engrandecer a tauromaquia através de acções conjuntas e de âmbito nacional.
Mas não. Proibiu-se uma tourada em Braga e outra em Cascais, decretou-se Viana do Castelo cidade anti-taurina, impediu-se a realização de touradas e de circos no concelho de Sintra. E...
E quatro dos nossos principais grupos empresariais reuniram-se (ou fizeram a festa pelo telefone, que dá menos trabalho), uniram-se e anunciaram a medida exemplar: como forma de protesto contra a decisão do presidente da Câmara de Sintra, proibiram a venda de queijadinhas de Sintra nas suas praças. As empresas, já sabem, são as do Campo Pequeno, de Inácio Ramos, de Carlos Pegado e de Paulo Pessoa de Carvalho. Nenhuma mais aderiu? Já que é brincadeira, nós temos fama de brincalhões - cadê os outros? Não contactaram Manuel Gonçalves, Bolota, os Tendeiros, Fernando dos Santos, os outros todos? Fizeram tudo às escondidas?
Temos que os travar a todo o custo! Temos que defender o que é nosso! O Galo de Barcelos, a Queijadinha de Sintra, a loiça das Caldas, o copo de três!
Força, amigos, unam-se contra as quatro empresas! As queijadas unidas jamais serão vencidas!