José Manuel Ferreira Paulo "Cachapim" volta hoje à carga respondendo ao pai do cavaleiro Mateus Prieto, Mário Prieto (foto da direita) que ontem veio aqui esclarecer - e desmentir - o caso das supostas "ameaças" que seu filho Mário (irmão do toureiro) teria feito ao empresário, na sequência dos protestos por este manifestados na corrida de sexta-feira em Évora quando o jovem cavaleiro actuava. Publicamos na íntegra e ao abrigo do Direito de Resposta, a carta de "Cachapim".
É mentira o que diz o senhor Prieto: nem
os cumprimentei nesse dia .Comigo e com a minha família não falaram. Estão a
mentir.
O Sr.Prieto foi enganado pelo filho. Que
lhe mentiu, eles que arranjem uma pessoa que os tenha visto a falar comigo.
Quando acabou a corrida fiquei a falar com o José Carlos Amorim e o José Luís
Gomes.
Quanto às mensagens estão guardadas no
telemóvel da minha filha, e as
mesmas foram recebidas, aqui não há
mentiras, a origem como sabes, fica
bem definida e a hora também, perto das
2 horas da madrugada, hora normal de
telefonar...
Assobiar e manifestar que não quero mais
ferros é livre. A próxima será um agradecimento pessoal a quem aplaudir...
Quanto à Família do Sr. Prieto estar
junto a mim, é outra mentira, estavam do lado direito da porta dos cavaleiros
na primeira fila e eu na última fila do sector 1, ou seja, meia praça de
distância, também não estou a
mentir. Mas mesmo que estivessem ao meu
lado era igual. Assobiar não é faltar ao respeito. Mentir é que não é bonito,
talvez seja faltar ao respeito do próprio.
Espero que uma próxima actuação faça
acabar com os maus dias que referem a mensagem. Com uns grandes ferros que me
façam recordar o Baptista ou o Zoio e aí serei o primeiro a estar de pé a
aplaudir.
Está o Sr. Prieto a dizer a verdade, só
aqui, quando diz que está habituado às minhas manifestações do que defendo, o
que me orgulha, haja quem me entenda. Tenho, quer se goste quer não, um passado
na Festa e tal como qualquer outro, tenho o direito de defender uma verdade, que
na minha maneira de ver, tem faltado, e que nos últimos vinte anos fui
alertando que chegaria, quer no que respeita aos toiros amestrados, quer na falta de verdade,
quer no facilitismo que hoje impera e no comodismo do compadrio. Com a minha
frontalidade, se alguma vez tivesse mentido ou aquilo que digo não tivesse
sustentação, já mais que uma vez
me teriam desmascarado.
Que necessidade tinha eu de, com um
aprendiz de toureiro, procurar
polémica ou protagonismo? Já sou
conhecido que chegue.
Ferreira Paulo "Cachapim"
Fotos João Dinis e D.R.