"Entourages-Claques"
"O cuidado obsessivo sustenta a
visão da entourage do artista, que vê o conjunto de suas cápsulas do tempo como
obra".
Esta definição de entourage não
pressupõe nada de mau, mas a fusão da entourage com o espírito das claques já
deixa a desejar, porque no mundo globalizado e por inteiro, sopram ventos de
arrancar pela raíz tudo quanto parecia seguro, certo e conquistado. No mundo de
hoje, a erva rasteira abunda, está a deixar de haver espaço paras as árvores e
muito menos para as florestas.
Falar em claques faz-nos lembrar os
relvados dos campos de futebol, mas também nos faz lembrar algumas
entourages dos toureiros e as suas
ânsia, e isso começa a acontecer no mundo dos toiros.
Há outras claques-entourages que tiram
nível e sentido à nobreza da arte de tourear, e há ainda as mais perigosas, são
as que integram os que louvam o poder que está enquanto recebem bilhetes para
as corridas e buscam ansiosamente promoção social, encostando-se às figuras.
Afinal estes opinadores de circunstância
não mudam - mesmo que tudo mude - a não ser que o toureiro perca força. A sua
coerência reside em estar sempre do lado de quem está nos lugares cimeiros.
As entourages-claques mais perigosas,
quiçá, são as dos conspiradores, a quem, nalguns casos, já só falta levarem
buzinas e cantarem cânticos obscenos.
Estes inventam defeitos àqueles que querem despromover e o maior êxito que se lhes
conhece no nosso país foi a "diabolização" do grande culpado de todos
os males da Festa, que este ano foi o Ventura.
Se calhar o Diego até tem alguma
razão... assim como outros...