Com a namorada Pi Caldeira, há quatro anos, após fracturar o rádio do braço numa queda numa corrida nocturna no Alandroal |
Há cinco anos também caíu em Sevilha |
Maio de 2010 em Madrid: queda durante as "cortesias" |
Miguel Alvarenga - Rui Fernandes (pai) era "pintor de automóveis", costuma recordar com imensa graça e "nunca na vida" sonhou ver-se envolvido, ainda que por intermédio de seu filho, no mundo da tauromaquia. O gosto pelos cavalos fê-lo comprar alguns e edificar na sua quinta da Charneca da Caparica não só um picadeiro (onde os mesmos eram montados por equitadores profissionais(, como até um redondel.
Foi crescendo nesse meio que o jovem Rui, nascido a 23 de Outubro de 1978, se foi apaixonando pela arte equestre e mais tarde pelo toureio. O bandarilheiro Albino Fernandes, amigo de seu Pai, desafiou-o um dia a entrar numa garraiada em Almada, o que aconteceu a 11 de Fevereiro de 1991. Quatro anos depois, a 22 de Abril de 1995, estava já a dar nas vistas e a fazer a prova de praticante na arena alentejana de Santo António das Areias.
A participação numa novilhada em Vila Franca e, dias depois, numa Tourada Real em Vila Viçosa, organizada pelo fadista Gonçalo da Câmara Pereira, bem como a passagem por algumas corridas promovidas em praças portáteis pelo antigo matador de toiros Ricardo Chibanga acabariam por deixar a afición a falar do "loirinho" que surgira "nem se sabia bem de onde", mas que apontava potencialidades para poder um dia marcar a diferença - como, de facto, viria a acontecer.
A 6 de Agosto de 1998 está no Campo Pequeno, na mais mediática corrida de então do calendário libsoeta, a da Rádio, organizada por Palma Fialho, para receber a alternativa das mãos de João Moura, com o testemunho de Pablo Hermoso de Mendoza, frente a toiros de Passanha - o máximo cartel que qualquer jovem ambiciona integrar. Foi um êxito.
Nesse mesmo ano apresenta-se pela primeira vez em Espanha, na praça de Olivença e a 9 de Outubro de 2004 abre a "porta grande" da Monumental de Madrid para por ela sair apoteoticamente em ombros. Um ano depois, a 3 de Abril de 2005, é a Porta do Príncipe, da Real Maestranza de Sevilha, que se lhe abre de par em par.
O toureiro que esta manhã vou morreu na arena sevilhana o seu cavalo "Xelim" tem também alguns incidentes de percurso que marcam a sua carreira, graças a Deus nenhum de muita gravidade. Há cinco anos, também numa corrida matinal de rejoneio em Sevilha, sofreu aparatosa queda. Há quatro anos, no Alandroal, fracturou o rádio do braço esquerdo após cair quando cravava um par de bandarilhas. Em Maio de 2010, na arena de Madrid, caíu do cavalo (sem consequências) quando participava nas "cortesias".
Fotos Emílio e D.R.