Alberto López Simón, vítima de cornada ontem na Real Maestranza quando recebeu a alternativa, está internado no Hospital Sagrado Corazón em Sevilha, onde esta manhã disse aos jornalistas que passou a noite "com muitas dores, mas a dor maior foi não ter podido matar o meu segundo toiro".
"Esta manhã voltaram a curar-me a ferida, está com bom aspecto, a evolução tem sido positiva e creio que hoje os médicos me dirão quando terei alta ou se terei que continuar hospitalizado", disse o jovem toureiro.
López Simón, madrileno, que ontem cortou a única orelha da tarde no toiro da sua alternativa, foi colhido quando entrava a matar, sofrendo uma ferida "limpa" de sete centímetros. Foi operado na enfermaria da praça sob anestesia epidural e transferido depois para o hospital.
"Quando estava a dar a volta ao ruedo, pensava em pedir aos Maestros (Morante e "Manzanares") para me deixaram matar a seguir o meu segundo toiro e depois então iria para a enfermaria, mas o meu apoderado tirou-me logo isso da cabeça. Depois, já na enfermaria, continuava a pensar que sairia para tourear o segundo toiro, mas não sentia as pernas pela anestesia... Como dizia o Maestro António Bienvenida, há tardes em que 'hay que tirar la carta pase lo que pase'. A cornada, não a vejo como algo negativo, mas sim como uma medalha mais", acrescentou.
López Simón revelou que, na hora de lhe conceder a alternativa, "o Maestro Morante de la Puebla disse-me que eu tivera sorte em escolher esta profissão, a qual, acima de tudo, devia amar e respeitar".
Foto Arjona/aplausos.es