Questionado em entrevista, na última semana, no programa taurino da Rádio Voz de Alenquer por Catarina Bexiga, sobre se o apoteótico triunfo na Corrida TV/Norte na Póvoa de Varzim (que lhe valeu justamente ganhar o troféu para a "melhor lide"), lhe iria "abrir portas", o jovem cavaleiro praticante João Salgueiro da Costa respondeu:
"Se não se abrirem, arrombo-as!".
Mas, verdade seja dita, os triunfos (os verdadeiros, porque também existem os "falsos"... mas isso são contas de outro rosário...) parece que já não têm hoje a importância que tinham outrora. Nem o valor que, noutros tempos, levava os empresários a contratar e a repetir os toureiros que tinham êxito.
O êxito de Salgueiro da Costa na Póvoa foi um "estrondo" nesta temporada - ninguém tem dúvidas. Mesmo assim e à excepção de Rui Bento (Campo Pequeno) e António Manuel Cardoso "Nené", que o contrataram, respectivamente, para a Corrida das Dinastias em Lisboa (23 de Agosto) e para as Feiras de Alcochete (14 de Agosto) e Coruche (19 de Agosto); e da organização da corrida de 1 de Setembro em Almeirim, que também o contratou, a verdade é que mais nenhuma empresa "pegou" (ainda) no toureiro que emocionou o país, em directo na RTP, com um toureio de fortíssimas emoções e uma tremenda verdade!
"Já não há estrelas no céu", cantava o Rui Veloso. E também já não há, pelos vistos, empresários como os de antigamente. Não é nostalgia. É apenas a verdade.
Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com