Pela primeira vez, Cecílio não esteve ontem na trincheira em Évora... |
... o veterano repórter de referência assistiu à corrida na bancada, ao lado de João Queiroz, director da revista "Novo Burladero" |
Miguel Alvarenga - Por muito que apoie, e apoio, a 200 por cento, a medida assumida pelo empresário (e meu amigo) António Manuel Cardoso "Nené" de só permitir o acesso à trincheira a fotógrafos portadores da Carteira Profissional de Jornalista - era tempo de alguém ter a coragem de pôr ordem nisto! - não posso deixar de discordar em absoluto do facto de ontem, em Évora, não ter permitido a presença entre tábuas do veterano fotógrafo local António Cecílio (fotos), que se viu obrigado a fotografar da bancada.
Com ou sem Carteira Profissional, António Cecílio é uma referência, há largos anos, da fotografia taurina e em particular de Évora - e a antiguidade é um posto. Que o empresário não deveria - nunca - questionar ou pôr em causa. Muito menos em xeque.
Há repórteres fotográficos taurinos que, pelo seu imenso historial, têm que ser considerados e respeitados acima dessa "nova lei" (que, insisto, aplaudo e apoio, pela necessidade de colocar mesmo ordem nesta trapalhada de haver sempre tantos curiosos nas trincheiras a retratar), entre os quais Henrique de Carvalho Dias, Luis Azevedo (Estúdio Z), Duarte Chaparreiro, o nosso Emílio (mas esse tem Carteira Profissional) e, obviamente, Cecílio.
Na rede social "Facebook" foi já desencadeado um movimento sob o lema "Somos todos Cecílio", numa clara (talvez exagerada, mas, afinal, merecida) alusão à afirmação "Je suis Charlie", que explodiu em todo o mundo depois do atentado em Paris contra o jornal "Charlie Hebdo".
Seja como for, "Somos todos Cecílio" - eu também sou, o "Farpas" também é. E "Nené" vai ter que rever esta sua posição fundamentalista em relação ao veterano repórter. Queremos ver Cecílio na trincheira na próxima corrida de Junho (S. Pedro) em Évora!
Fotos Maria João Mil-Homens e Emílio de Jesus