A Monumental de Santarém será levada a concurso pela Santa Casa da Misericórdia, sua proprietária, mas a empresa Aplaudir de João Pedro Bolota (foto ao lado), associado a Possidónio Matias, pode geri-la ainda nos próximos anos, caso pretenda exercer o direito de preferência num novo concurso e numa nova negociação e caso chegue a acordo com a Santa Casa - disse-nos ontem Casimiro Jesus Santos, mesário da Santa Casa da Misericórdia de Santarém.
"Vai haver novo concurso - esclareceu-nos o nosso interlocutor - e numa nova negociação, a empresa Aplaudir pode ser ouvida pela Santa Casa por ter o chamado direito de preferência em relação ao candidato que for eleito. Só por isso, pode haver uma nova negociação com a empresa cessante e esta pode ter aí uma palavra a dizer".
O novo caderno de encargos para adjudicação da Monumental "Celestino Graça" por um período de três anos vai dentro de dias estar disponível e terá desta vez um valor mínimo de 20 mil euros por temporada. Será tida em conta a melhor programação para a temporada a apresentar por cada empresa candidata e a Misericórdia vai também exigir uma garantia bancária sobre o total dos anos de adjudicação. As propostas serão abertas no dia 3 do próximo mês de Dezembro.
Entretanto, a Aplaudir mantém a adjudicação da Monumental até ao próximo dia 31 de Dezembro. Não há direito de opção, pelo que termina nessa data a concessão. No entanto e conforme nos esclareceu o mesário Casimiro Santos, a Aplaudir tem o chamado direito de preferência numa nova negociação e face ao novo concurso que vai ser levado a efeito. Melhor explicando: depois de conhecidas e analisadas as candidaturas (a abertura de propostas ocorrerá a 3 de Dezembro, como acima referimos), a Santa Casa auscultará a empresa a fim de ouvir a sua proposta face às restantes. Ou seja: Bolota pode ainda ter uma hipótese de continuar à frente da Monumental de Santarém. Lá isso pode.
Fotos Maria Mil-Homens/Arquivo