Lisboa explodiu em ovação quando Padilla brindou a sua segunda faena ao matador Ricardo Chibanga |
Juan José Padilla, o novo ídolo da aficion portuguesa, voltou ontem a sair em ombros pela porta grande do Campo Pequeno |
O Campo Pequeno viveu ontem à noite aquela que foi, sem margem para dúvidas, a mais importante jornada de ressurgimento do toureio a pé nos últimos quarenta anos. Foi, também, a mais completa das doze corridas que até agora se realizaram na primeira praça do país esta temporada. Ficou marcada por um grande triunfo da ganadaria de Manuel Veiga - o ganadeiro deu volta no quinto e o seu filho no sexto - e pela afirmação incondicional de Juan José Padilla como novo ídolo incontestado da aficion portuguesa. O jerezano voltou a dar cinco voltas à arena e voltou também a sair em ombros pela porta grande, ou seja, repetiu-se a papel químico a apoteose de 14 de Julho.
Memoráveis, também, as faenas do artístico e finíssimo "Finito de Córdoba" e de Manuel Dias Gomes, sobretudo no sexto, a afirmar-se também incontestavelmente como nova estrela cintilante do nosso toureio a pé.
Para o enorme sucesso da corrida contribuiu decisivamente, também, a inteligente e aficionadíssima direcção de Rogério Jóia - impecável na merecida concessão de música às seis faenas, nas duas chamadas do ganadeiro à praça e na ordem para que o quinto toiro fosse premiado com justificadíssima volta à arena.
Esta foi, das doze realizadas até aqui, a quarta corrida com mais público na temporada do Campo Pequeno. As quatro maiores enchentes foram as duas corridas de Pablo Hermoso e as duas de Padilla.
Mais logo, não perca, a análise detalhada de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Maria João Mil-Homens.
Fotos Maria Mil-Homens e D.R./Protoiro/Touradas/Facebook