Joaquín Moreno e os músicos ontem em Vila Franca. Cantou bem, mas não encantou o estranho público vilafranquense... nem os toureiros |
Pese embora as boas intenções do empresário Paulo Pessoa de Carvalho em contratar o magnífico cantor de flamenco sevilhano Joaquín Moreno (proprietário do famoso bar "Volapié" na praça do Campo Pequeno), o público vilafranquense e até os próprios matadores recusaram determinantemente, nos segundos toiros, as intervenções do artista - ao melhor estilo do que os gauleses dos livros de Astérix faziam ao bardo Assurancetourix, impedindo-o constantemente de mostrar a sua arte com a harpa...
Moreno ainda cantou levemente - e bem - enquanto Padilla e António João Ferreira toureavam de muleta os primeiros toiros dos seus lotes, mas na segunda parte da corrida, no momento em que procurava encontrar-se e dominar um toiro complicado, mas que acabou por ser bom, de Falé Filipe, Padilla parou de tourear e sentou-se no estribo da trincheira, num visível acto de reprovação pela actuação do cantor, só voltando a enfrentar o toiro quando este se silenciou. O público, entretanto, protestou também a intervenção de Joaquín Moreno...
No toiro seguinte, foi o próprio António João Ferreira quem mandou calar o cantor...
Estranho, mas entendido e a exigir a concentração dos toureiros, este público de Vila Franca. Que ontem encheu a praça.
Fotos M. Alvarenga e D.R./@Joaquín Moreno/Facebook