quarta-feira, 24 de abril de 2019

Óscar Rosmano é um dos matadores homenageados amanhã no festival de Sobral de Monte Agraço

Óscar Rosmano numa tarde de triunfo no Campo Pequeno
José Falcão e Óscar Rosmano, a grande parelha de novilheiros dos anos 60
Óscar Rosmano com Rui Bento em 2011 no Campo Pequeno e, em baixo, com
Miguel Alvarenga


Óscar Rosmano é uma das lendas vivas do toureio a pé representantes de três décadas de toureio (1950-1980) que amanhã são homenageados pela Tertúlia Tauromáquica Sobralense e o empresário José Luis Gomes no tradicional festival taurino misto que a partir das 17 horas se realiza na praça de toiros de Sobral de Monte Agraço.
16º matador de toiros português, Óscar Rosmano nasceu a 18 de Setembro de 1940 em Évora e debutou com picadores na praça espanhola de Mérida a 10 de Maio de 1964.
Nessa década de 60, formou com o saudoso José Falcão a mais importante parelha de novilheiros da nossa História.
Rosmano está radicado no México desde finais dos anos 60, tendo tomado a alternativa de matador de toiros a 29 de Novembro de 1970 na Monumental de Aguascalientes apadrinhado por Raúl García com o testemunho de Jesús Solorzano e do rejoneador Gastón Santos.
Cortou a coleta e abandonou o toureio em Agosto de 1974, ao ter conhecimento da morte de José Falcão em Barcelona. Nunca mais toureou.
Em 2010, nos 40 anos da sua alternativa, foi homenageado em Lisboa pela Tertúlia "A Mexicana", de Joaquim Tapada. Com a simplicidade que sempre o caracterizou, recusou nesse acto o atributo de Maestro, alegando que "o único Maestro do toureio que existiu em Portugal foi o Maestro Vitor Mendes. É a minha opinião. Andar vinte anos entre Sevilha, Madrid e as grandes feiras, a ombrear com as primeiras figuras, não é para todos".
"Não fui figura porque às tantas perdi a ilusão", admitiu, reconhecendo que "tudo o que aprendi não foi em Espanha, nem no México, mas sim em Coruche na escola de toureio dos irmãos António e Manuel Badajoz".

Fotos Carlos Brito/Arquivo e D.R.