A cavaleira Ana Batista confirmará a alternativa ao cavaleiro açoreano Tiago Pamplona, na próxima quinta-feira, 11 de Julho, no Campo Pequeno, numa corrida que tem, entre outros, o atractivo de ser uma homenagem aos aficionados e toureiros oriundos daquela Região Autónoma.
Ana Batista é uma figura das mais respeitadas do panorama tauromáquico português, fruto de uma carreira construída a pulso, repartida por Portugal, Espanha, França e México.
Pisou pela primeira vez a arena do Campo Pequeno num espectáculo de Carnaval, em 1994 e, num misto de timidez e confiança, aceitou voltar à Monumental de Lisboa a 30 de Junho desse mesmo ano, partilhando cartel com os cavaleiros Marco José, Miguel Fernandes, Francisco Núncio, José Soudo e Alberto Conde, para lidar uma corrida de Maria do Carmo Palha (Herdeiros).
Coube-lhe em sorteio um toiro de 585 quilos que constituiu o primeiro grande desafio da carreira desta jovem, então com apenas 16 anos de idade e muito poucas corridas toureadas.
Lidou esse toiro utilizando apenas um cavalo (“Pinóquio”, ferro Varela Crujo) e as suas capacidades artísticas não deixaram dúvidas, sendo altamente elogiosos os comentários à sua actuação, a qual lhe viria a valer o Troféu Incentivo, atribuído pela Associação Portuguesa de Tauromaquia.
Na corrida de 11 de Julho, além de Ana e do terceirense Tiago Pamplona, integram este cartel os cavaleiros Filipe Gonçalves, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Miguel Moura e João Salgueiro da Costa, bem como os grupos de forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Amadores do Ramo Grande (ambos da Região Autónoma dos Açores) e os Amadores de Beja, que disputarão o prémio para a melhor pega de caras.
Lida-se um precioso curro da ganadaria do Engº Jorge Carvalho, que este ano festeja as suas Bodas de Ouro.
A anteceder a corrida exibir-se-á a Marcha dos Veteranos, da Ilha Terceira. Nesta data actuará a Banda da Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel, dirigida pelo Maestro Durval Festa.
Foto Emílio de Jesus