Discurso vibrante e eloquente de André Ventura hoje no almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa |
Diogo Pacheco de Amorim (à esquerda), um histórico da Direita portuguesa, o estratego e autor do programa do Chega, no almoço de hoje. Em baixo, Sousa Cintra, Rui Bento e Miguel Alvarenga |
"Não sou um adepto das touradas, mas defendo as tradições e a cultura e lutarei até ao fim contra aqueles que querem acabar com elas!" - disse hoje André Ventura num almoço com empresários e diplomatas que antecedeu a sua reunião em Belém com o Presidente da República
O líder do Chega era o convidado do almoço-palestra do International Club of Portugal, que teve hoje lugar no Hilton Hotel Lisbon, nas Picoas, com a sala completamente esgotada e um entusiasmo bem visível da esmagadora maioria dos presentes em torno do político que está a cativar todos os portugueses e que alguns trataram já como "futuro primeiro-ministro de Portugal".
Manuel Ramalho, presidente do International Club, fez um breve preâmbulo para esclarecer que aquela instituição "não tem cor política, nem nunca apoiou partido algum", apesar de nos seus treze anos de existência por ali terem passado "todos os políticos de todos os quadrantes". E isto para responder a alguns ataques sofridos nas redes sociais, sobretudo do ex-deputado Francisco Louçã, depois de se saber que André Ventura seria o convidado do debate desta tarde.
"Mesmo antes de ser eleito deputado por Lisboa, já muitos membros do International Club me tinham manifestado o seu interesse em que o Dr. André Venbtura fosse nosso convidado de um dos almoços-debates que realizamos com frequência e a verdade é que o de hoje foi um dos que maior afluência de pessoas teve", explicou.
André Ventura, que teve a seu lado Diogo Pacheco de Amorim, nome histórico da Direita portuguesa, o grande estratego e o autor do programa do Chega, fez um discurso vibrante e eloquente e que ao contrário do que alguns apregoam, nada teve de populismo. Negou o rótulo de "extrema direita" e apresentou ideias sólidas e coerentes sobre e necessidade de "mudar o sistema" que tem reinado neste país.
"Não sou contra tudo o que foi feito depois de Abril, reconheço que se fizeram também coisas boas; mas também não digo que foi tudo péssimo antes de Abril", afirmou, defendendo que "tem de ser refundado o Estado social". E disse que o Chega "quer um novo Estado, um Estado novo". Depois, apercebendo-se da coincidência com o nome do regime liderado pelo Prof. Salazar, corrigiu esclarecendo que defende "um Estado novo, mas noutro sentido".
Já no período de perguntas e respostas, questionado por um dos presentes sobre o tema da recente proposta do Governo de aumentar para 23% o IVA das touradas, disse:
"Gosto de ser claro como a água e devo confessar que não sou um grande adepto das touradas, mas isso não me impede, antes pelo contrário, de reconhecer o espectáculo tauromáquico como uma tradição e uma das culturas enraizadas deste país e lutarei até ao fim contra aqueles que querem acabar com as touradas".
E acrescentou:
"A questão do IVA é apenas mais uma machadada que pretendem dar nas touradas, assim como a questão da idade mínima para assistir a touradas, que é uma vergonha! Neste país pode-se mudar de sexo aos 14 ou 15 anos, mas é preciso ter 16 para ir ver uma tourada... E qualquer dia, admirem-se, exigem aos jovens uma declaração do psiquiatra para entrarem numa praça de toiros... Tudo isto é ridículo!".
Amanhã, quarta-feira, vai realizar-se na Cervejarias "Trindade", em Lisboa, o Jantar de Natal da Distrital de Lisboa do Chega, que esteve inicialmente agendado para a "Portugália", mas teve que ser mudado por uma questão de espaço e por terem sido inúmeros desde a primeira hora as inscrições. O "Farpas" sabe que amanhã vão estar presentes nesse evento muitas figuras do mundo tauromáquico que pretendem expressar o seu apoio ao Chega e a André Ventura.
Fotos International Club of Portugal e M. Alvarenga