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Hoje na Avenida de Roma... deserta |
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Máscaras, rostos desconfiados |
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A Marisqueira "Tico-Tico", na Av. Rio de Janeiro (Largo da Igreja, Alvalade) |
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Av. Rio da Janeiro |
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Rua Marquesa da Alorna (Alvalade) |
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Av. Maria Amália Vaz de Carvalho e o Liceu Rainha Dona Leonor |
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"Burger King" da Av. de Roma (em take-away), antiga Pastelaria "Sul América" |
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Nem carros nem pessoas na Av. de Roma |
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Av. de Roma, cruzamento com a Av. dos Estados Unidos da América |
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Avenida dos Estados Unidos da América |
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A famosa Pastelaria "Luanda" |
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Neste prédio da Av. de Roma, celebrou-se no último andar a Abrilada... |
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A saudosa Pastelaria "Suprema", há já alguns anos encerrada |
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Uma das mais antigas e mais emblemáticas lojas da Av. de Roma. Mas agora tudo pode modificar-se... |
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Centro Comercial Roma: à espera que a vida volte |
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Avenida de Roma: como nunca a vimos! |
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Uma imagem agora rara: um avião a levantar |
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O "bunker" da Caixa-Geral de Depósitos (Campo Pequeno) e a bandeira ao vento |
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Campo Pequeno, o hotel dos toureiros. Fechado como todos os outros |
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Campo Pequeno: bicicletas paradas e uma Caixa Solidária, numa árvore, para se deixar produtos necessários para apoiar os mais necessitados do bairro |
Vê-se gente, pouca, nas ruas, de máscaras e olhares estranhos, desconfiados, amedrontados, Lisboa continua "em parte incerta", tudo vazio no meio de uma "guerra" onde não se sabe de onde vêm as "balas"...
Miguel Alvarenga - Há mais de
200 anos, em 1816,
Napoleão Bonaparte afirmou que a
China não estava condenada à decadência.
"Quando a China acordar, o mundo tremerá", disse. E esse é precisamente o título do livro escrito em 1975 pelo jornalista e antigo ministro francês
Alain Peyrefitte, que está esgotadíssimo mas consegui encontrar no
OLX (encontra-se lá tudo!), uma edição do
Círculo dos Leitores - que me recomendou, como já aqui referi, o meu amigo
Jaime Amante.
Comecei a ler ontem - e confesso que não dormi bem. É
assustador e 45 anos depois de ter sido escrito, assume-se hoje como uma espécie de
profecia sobre os dias que estamos a viver. A
China acordou, de facto. E o mundo está a tremer.
Vivemos em tempo de
"guerra", quer queiram ou não assumi-lo. Uma
"guerra" com um
inimigo invisível e com
"balas" que podem surgir de qualquer lado e não sabemos de onde. Das quais nos não conseguimos desviar. Os coletes à prova de bala agora são máscaras e luvas e desinfectantes em gel. As pessoas andam na rua
amordaçadas e com olhares desconfiados, amedrontados. As ruas das cidades estão quase desertas.
Lisboa é uma cidade adormecida e triste. Que parece mesmo
"ter partido para parte incerta".
Hoje andei pelo
Bairro de Alvalade, pela cosmopolita
Avenida de Roma, cheia de movimento sempre, de vida e de alegria, e hoje parece que
"fechada para balanço" e até um dia - que não sabemos quando será.
Taurinamente falando, as notícias continuam a ser nenhumas. Aos poucos, deixando para o fim, como que a tapar o sol com uma paneira, as empreas lá vão anunciando o
cancelamento das suas corridas, sorte inevitável para a esmagadora maioria dos festejos tauromáquicos que estavam previstos para esta temporada. Hoje foi a vez da
Câmara da Chamusca anunciar o cancelamento da tradicional
Feira da Ascensão e da nova empresa de
Coruche anunciar a suspensão da sua primeira corrida no último dia do mês de Maio. Outras se seguirão.
Depois do
Presidente Marcelo ter recebido vários agentes do mundo da
Cultura e ter ignorado por completo, uma vez mais, a
Tauromaquia, também o primeiro-ministro
António Costa recebeu hoje empresários do mundo da
Cultura e do
Desporto e a
Tauromaquia ficou uma vez mais à porta.
Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da
Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, disse ao site
touroeouro.pt, dizem-me, porque há mais de um mês, não sei porquê, que não consigo aceder ao site do
Hugo Calado, que
"não sabia de nada"... E assim se vê a força da
Tauromaquia. Ninguém sabe de nada (fazem alguma coisa por saber?) e também ninguém lhes diz nada.
Os políticos ignoram pura e simplesmente a
Tauromaquia. Ontem falei disso aqui, perguntei onde andavam eles, os políticos que diziam defender a Festa Brava e que iam às corridas do
Campo Pequeno, assistindo no camarote da
PróToiro.
Meu dito, meu feito. Hoje o
Grupo Parlamentar do CDS, por intermédio do seu deputado aficionado
João Pinho de Almeida, confrontou o primeiro-ministro sobre o escândalo da exclusão do sector tauromáquico nas reuniões com os agentes da
Cultura. Aplaudo o
CDS e aplaudo
João Almeida. O
Chega está calado. O
CDS defende-nos.
A vida continua - apesar de estar tão diferente. Os proprietários dos
restaurantes continuam a afirmar que não os querem abrir sob tão rígidas restrições que o
Governo vai anunciar. Até a febre nos têm que tirar, substituindo-se aos profissionais da saúde. Irra, que é demais. Só voltarei a restaurantes quando tudo for normal, por mais que entenda que vai ser necessário e urgente apoiar a economia nacional. Mas recuso-me a que me tirem a febre para almoçar e não quer estar sentado numa mesa
"virtual" com acrílicos à minha volta. Continuem mas é em regime da
take-away e abram só quando tudo estiver normalizado. Nem que seja - como parece que vai ser - só dentro de um ano.
Merda de vida a que estamos a viver.
Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga