Rogério Amaro, antigo forcado e antigo cabo dos Amadores do Montijo, apoderado de grandes figuras e hoje, embora retirado, o decano dos empresários taurinos nacionais. Fomos saber como está a viver com esta nova situação
"Estou bem, graças a Deus, resisto, já não é mau. Trabalho todos os dias e cuido-me o mais possível" - afirma Rogério Amaro, 70 anos, o decano dos empresários tauromáquicos portugueses, hoje retirado da actividade.
Vive na Parede, tem o seu refúgio dos fins-de-semana em Salvaterra de Magos, sua terra natal e mantém a funcionar a sua empresa transitária sediada no centro de Lisboa e onde vai todos os dias.
"Todos os dias vou da Parede a Lisboa, de automóvel, sem contactar com ninguém, é casa-trabalho e trabalho-casa. De vez em quando almoço em casa da minha filha, aos fins-de-semana descanso tranquilamente em Salvaterra", diz-nos o Velho Senhor da tauromaquia nacional.
Filho do antigo bandarilheiro e director de corrida do mesmo nome, Rogério Amaro regressou ao meio taurino, dez anos depois de se ter afastado e ter saído da sociedade Toiros & Tauromaquia que mentinha há mais de vinte anos com o saudoso António Manuel Cardoso "Nené", no ano de 2018 para voltar a apoderar Joaquim Bastinhas na temporada do seu regresso às arenas. Na altura confessou que "já não sabia falar com os empresários de hoje...".
"Vou-te lendo todos os dias, vou sabendo as notícias, que agora são nenhumas, temos que nos acostumar e saber lidar o melhor possível com a esta vida diferente, com todos os cuidados a acatando todas as recomendações das autoridades sanitárias e esperar que um dia isto volte ao normal. Deus queira que sim", disse ainda, acrescentando:
"Faço votos para que o mais cedo possível possamos voltar a almoçar ou jantar no Solar dos Nunes", restaurante lisboeta onde Rogério Amaro era presença diária.
Foto Maria Mil-Homens