Desconhecem-se ainda os resultados da renuião de ontem da IGAC com a DGS para adoptar as novas medidas que vão reger a realização das corridas de toiros, mas os empresários reagem negativamente a uma notícia do site "Touro e Ouro" que admitia a hipótese de realizar touradas sem Forcados. "Isso é impensável", afirmam
Até ao momento ainda não são conhecidos os resultados da reunião que ontem terá havido entre a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) e a Direcção-Geral de Saúde (DGS), que visava definir as novas regras que vão reger a realização das corridas de toiros - nomeadamente, a lotação das praças que pode ser utilizada, a distância entre espectadores e também as medidas a adoptar quanto aos artistas e muito em particular os forcados, que constituem o maior grupo de risco pelo facto de intervirem oito numa pega.
Alguns empresários reagem negativamente a uma suposição ontem avançada pelo site touroeouro.com, que admitia a possibilidade de se realizarem corridas sem a intervenção de pegadores.
"Isso é uma coisa inadmissível e nunca foi sequer colocada. Serão certamente adoptadas medidas para salvaguardar a segurança de todos, mas nunca se equacionou a possibilidade de os forcados não intervirem nas corridas, assim que elas possam ser retomadas", diz-nos um empresário, indignado com o que considera "um péssimo serviço prestado à Festa" pelo referido site que, adianta, "anda a espalhar a confusão, em lugar de fazer um trabalho em prol do espectáculo".
Ao que apurámos, a DGS projecta encontrar uma solução segura para a intervenção dos Forcados nos espectáculos tauromáquicos, que pode passar pela sujeição de todos os elementos ao teste do coronavírus e ao uso de máscara - obrigatório para todos os artistas - enquanto estiverem na trincheira sem actuar.
A Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET) aguarda ainda a comunicação da IGAC e da DGS sobre as normas a adoptar a partir de agora na realização dos espectáculos tauromáquicos.
Foto D.R.