O empresário José Manuel Ferreira Paulo (Cachapim), que esteve no epicentro do despoletar do polémico caso do velcro, responde a Rodrigo Alves Taxa, que esta tarde aqui escreveu um acutilante artigo sobre o tema que está na ordem do dia
Caro Dr. Rodrigo Taxa,
A sua actual função só existe porque há diversidade de opiniões.
Ou eu não sei ler ou o Miguel publicou só parte do texto…..
Porque quando diz na sua primeira declaração de intenções que “é que este tema (velcro) não é somente útil como necessário e tardio“, e depois fala em união e desarticulação, até té parece que não vai à A.R.
Sendo o Exmo. Dr. meu colega, estranho que tenha interpretado mal aquilo que eu escrevi! Disse: "Defendo a corrida integral, mas o velcro é um tema a tratar e a não passar por ele a assobiar para o lado".
Mais lhe digo, poderá ferir interesses de alguém…….
Concordo consigo, sei e conheço o trabalho dos ganadeiros, que defenderei até à última. Sei que serão os mais prejudicados, sei que um dia se terão que adaptar. Só espero é que tarde em acontecer….
Eu até serei votante do seu partido! Mas, caro colega, só tem esse seu trabalho porque nos países livres há diferentes opiniões e há sempre temas ou assuntos fracturantes.
Não podemos tratar este tema como aquelas famílias em que há homossexuais ,drogados e prostitutas. Não é um ”não caso“, nem é a assobiar para o lado que se resolve!
Temos que estar preparados!
Não quero é ser surpreendido por um decreto, quero que seja um tema assumido e preparado pelo sector. E não às escondidas de quem o sabe e assume como total desconhecimento.
Isto é um país de esquerdas e de vendidos.
Há 33 anos que vou durante três semanas às Américas aos toiros, infelizmente conheci feiras com o ambiente de Sevilha que foram encerradas.
Concordo consigo quando diz:"É um tema de que não se pode fugir!".
Ferreira Paulo
* Aficionado, empresário tauromáquico há 43 anos, Ferreira Paulo recorda qe deu corridas em mais de 25 localidades do país e faz questão de frisar que "apresentei sempre as contas de todas as corridas e festivais de beneficência que organizei". Foi apoderado de vários toureiros, entre os quais Luis Rouxinol, Maria Sara, João Paulo, Vitor Ribeiro, João Salgueiro, João Salgueiro da Costa e José João Zoio; é jurista e Mestre em Ciências Jurídico Empresariais
Foto Emílio de Jesus/Arquivo