Deu hoje entrada na Assembleia da República mais um projecto de lei anti-taurino, apresentado desta vez pela deputada não inscrita Cristina Rodrigues (dissidente do PAN), que propõe a revisão da composição do Conselho Nacional de Cultura (CNC), "de onde deve deixar de ter assento a actividade tauromáquica".
“Não podemos concordar que a tauromaquia esteja representada no Conselho Nacional de Cultura, ao lado das artes, livros, cinema, entre outros. Assim como não vemos razão para que entidades como a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, Ordem dos Médicos Veterinários ou a Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, possam contribuir para a definição da política cultural em Portugal quando nada na sua natureza está relacionado com o sector”, afirma a deputada (foto de baixo).
"Esta iniciativa representa a subida de mais um degrau na já longa e vertiginosa escada que pretende conduzir à destruição de uma actividade que tanto prezamos, bem como para algo que é superior a ela e que se prende, uma vez mais, com o desrespeito pela nossa cultura e identidade própria, circunstância que volto a alertar, deve de uma vez por todas ser levada a sério", escreve hoje, a propósito, num artigo dado à estampa no site "Tauronews", o aficionado coruchense Rodrigo Alves Taxa, assessor jurídico do partido Chega. E acrescenta:
"Os agentes do meio taurino devem fazer ouvir-se junto de todos os partidos políticos com assento parlamentar. Devem procurar audiências com os grupos parlamentares de todos os partidos. As associações de defesa da Festa devem fazer-se acompanhar por cavaleiros, forcados, empresários, ganadeiros, todos quantos pela vivência real possam explicar aos representantes do país o que é o mundo rural e a tauromaquia. Se possível convidem-nos a ir a vossas casas, aos vossos picadeiros, aos vossos campos. Mostrem a verdade das coisas!".
Foto D.R.