Por mais incrível que pareça - e não parece, é! - já lá vão quinze anos desde a reinauguração do Campo Pequeno e ainda ninguém entendeu que a aparelhagem sonora da praça é um verdadeiro e vergonhoso caos. E nem há meio de corrigirem esta anomalia...
Não se percebe patavina do que dizem, quando falam. Bem podem anunciar os próximos cartéis, apelar ao uso das máscaras, dar ordens sobre a forma como devemos sair da praça, perder tempo a ler bonitos textos de homenagem - que quem fala parece sempre que o está a fazer debaixo de água, no fundo de uma piscina ou mesmo de um oceano... Mau de mais para uma sala como esta...
Por isso e pela importância que tinham, mas ninguém ouviu nem percebeu, aqui deixamos as curtas, mas bem significativas palavras com que ontem, ao início da corrida, o empresário Luis Miguel Pombeiro evocou o momento solene que ali celebrávamos, a homenagem mais que merecida ao Maestro João Moura. Falou pouco - mas disse tudo:
"Tudo, mas tudo, o que hoje aqui se pudesse dizer sobre a figura e a trajectória de glória de João Moura seria pouco para retratar um tamanho percurso de mais de 40 anos pelas arenas de todo o mundo.
"É o Manolete do toureio a cavalo, o ídolo de Portugal e dos portugueses, a referência maior do toureio a cavalo em todo o mundo.
"Viemos hoje aqui homenageá-lo. Por tudo. Obrigado a todos os que disseram presente. Obrigado aos aficionados deste país que jamais viraram as costas àquele que maiores e mais alegrias nos deu nas arenas em quase cinco décadas de glória e arte.
"Estamos todos aqui por João Moura. Pela História que ele escreveu.
"Obrigado, Maestro!".
Luis Miguel Pombeiro
Ovação e Palmas
Fotos M. Alvarenga