Não foi, como aqui já o referiu Miguel Alvarenga na sua análise, uma noite de grandes deslumbramentos. Mas valeu pela entrega, pelo valor e pelo pundonor com que estiveram em praça os matadores "Cuqui" e "Juanito", frente a toiros exigentes e sérios de Oliveira, Irmãos e Nuñez de Tarifa e outros dois de menor qualidade de Ascensão Vaz.
Mesmo com a desmotivação de tourearem para uma praça "às moscas" (lamente-se a falta de público e o desinteresse com que os nossos ditos aficionados viram as costas ao toureio a pé...), "Cuqui" e "Juanito" reafirmaram ontem na Moita - uma vez mais - que não é por falta de bons toureiros que a arte de Montes não volta a resplandecer em terras de Portugal. Ficam os melhores momentos dos dois valorosos matadores.
Fotos M. Alvarenga
Joaquim Ribeiro "Cuqui" é um toureiro de arte e sentimento, sem espaventos nem tremendismos. Toureiro sóbrio e fino, de alto recorte, à antiga |
"Juanito" é, depois de Vitor Mendes e Pedrito, a nova estrela de Portugal na alta roda do toureio em Espanha. Valente e poderoso, chega ao público num ápice e vive um momento de euforia e afirmação |