António Lúcio e, em baixo, o GFA de Arruda dos Vinhos em Agosto do ano passado na sua praça na noite de comemoração dos 15 anos da fundação - agora relatados em livro |
"2005/2023 - 15 anos a honrar a jaqueta de ramagens" - é o título do livro escrito pelo nosso companheiro António Lúcio (foto de cima) sobre os quinze anos de actividade do Grupo de Forcados Amadores de Arruda dos Vinhos, que vai ser lançado no próximo dia 2 de Abril no Auditório Municipal do Palácio do Morgado, em Arruda dos Vinhos.
Publicamos o texto introdutório de António Lúcio:
“Há mais de um ano que me propus escrever umas linhas sobre a história de 15 anos, ou sobre 15 anos de história, do Grupo de Forcados Amadores de Arruda dos Vinhos, uma visão na primeira pessoa, uma visão de dentro para fora, desta aventura iniciada a 2 de Abril de 2008 em Arruda dos Vinhos mas já suficientemente amadurecida para poder conhecer a luz do dia e ser anunciada à comunidade arrudense e ao Mundo da tauromaquia como uma realidade.
"Ter sido forcado e ter experienciado essa vivência única durante anos suficientes, conhecer um pouco do toiro e da sua psicologia, conhecer os terrenos dentro da praça e o seu peso relativo quando se elege um homem para pegar um toiro, deu-me conhecimentos suficientes para encarar este novo desafio com confiança e moraliza e mentalizar aqueles que se uniram a nós neste projecto de se tornou uma realidade e se foi consolidando com o tempo.
"Os primeiros anos foram de esforço, sangue, suor e lágrimas e muitos milhares de quilómetros percorridos atrás desse sonho. Um dos momentos altos foi a conquista do Certamen de Rejoneo Ciudad de Atarfe transmitido pelo Canal Sur e onde assinámos destacadas actuações, com final completamente esgotada.
"Em termos de filosofia de Grupo, ser forcado é muito mais que vestir uma farda, que citar um toiro, bater-lhe as palmas e fechar-se à córnea ou à barbela, ou pegar de cernelha.
"Ser forcado é uma atitude para a vida inteira: aprender a enfrentar os desafios de frente, a resolver os problemas com honradez e dignidade, a nunca abandonar os companheiros que com ele partilham todos os momentos de uma vida dentro e fora das arenas. É uma, ou são muitas, as ligações que se criam para uma vida inteira.
Os aplausos do público, o ramo de flores, o leque ou até, por vezes, um objecto religioso que alguém da bancada lhe dirige, esse, para além do ter dominado o toiro, é o grande prémio do forcado.
"E a humildade estará sempre presente em todos os seus actos.(…)”.
Fotos M. Alvarenga e D.R.