quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Maurício Vale defende: fado em vez de pasodobles nas praças!



Sob o título "Música, cavaleiros e forcados", Maurício Vale defende hoje na sua crónica semanal do "Correio da Manhã" que deveríamos "adaptar o nosso Património Imaterial da Humanidade (o Fado) à nossa cultura tauromáquica", pois "não faz nenhum sentido aplaudir cavaleiros e forcados numa volta à arena ao som de 'Viva Espanha'!". Concordamos em absoluto e, pela pertinência do tema, aqui reproduzimos, com a devida vénia, a crónica de hoje de M. Vale:


Música, cavaleiros e forcados

O meu bom amigo e antigo diplomata Orlando Vilela proferiu há vários anos, no salão nobre do Aposento do Barrete Verde, em Alcochete, uma interessante conferência dedicada ao tema 'A Música Portuguesa na Festa de Touros em Portugal'. Foi um sucesso. A seguir à audição de um fado cantado, com letras citando tauromaquia, ouvia-se o correspondente instrumental em arranjo da Banda da Marinha.
Todos reconheceram que a nova musicalidade conferia riqueza a uma lide de cavaleiro e, bem assim, às voltas à arena dadas pelo mesmo e pelo forcado. Vibração e ritmo não faltavam e melodia tão-pouco!
Hoje, podemos voltar a este assunto. Adaptar o nosso Património Imaterial da Humanidade à nossa cultura tauromáquica faz todo o sentido. É tempo de as bandas de música portuguesas pensarem e (re)inovarem. Todos agradecerão. O seu a seu dono.
Adoro o país vizinho, mas não faz nenhum sentido aplaudir cavaleiros e forcados numa volta à arena ao som de 'Viva Espanha'!

Fotos D.R.