domingo, 4 de outubro de 2015

Vitor Gonçalves e Bronze agitaram a tarde no Montijo!

O último ferro de Vitor Gonçalves empolgou o público, depois de haver retirado
a cabeçada do cavalo
Vale ou não vale um toureiro assim? Vitor Gonçalves comemorou triunfalmente
os seus 25 anos de alternativa e demonstrou que já merecia há muitos anos
tourear na sua terra, apesar da injustiça com que tem sido ignorado pelas empresas
que têm gerido a Monumental do Montijo...
Triunfo importante: Bronze não brincou em serviço!
Parreirita Cigano reafirmou valor às carradas frente ao pior toiro da tarde
Diogo Amaro e César Nunes (foto) pegaram à primeira os dois toiros de Ascensão
Vaz destinados ao Aposento do Barrete Verde de Alcochete
Amadores do Montijo pegaram um toiro à quarta (Ricardo Parracho) e outro à
segunda (José P. Suissas). Os Amadores de Beja pegaram um à terceira (Moisés
Moura) e o último à primeira (Pedro Costa, na foto de baixo)


Não houve gargalhadas nem carnavais ontem no Montijo. Dois toureiros "estranhos", que mereciam tourear mais, afirmaram-se como artistas de valor e a troika empresarial da Monumental - João Pedro Bolota, Possidónio Matias e Abel Correia - já admite agora a hipótese de montar um mano-a-mano entre ambos para a próxima temporada. Vitor Gonçalves (homenageado ao intervalo pela Câmara do Montijo com o descerramento de uma placa nos corredores da praça pelos seus 25 anos de alternativa) lidou o primeiro toiro na perfeição, sem nada a apontar, antes pelo contrário e fechou a sua exibição retirando a cabeçada ao cavalo e cravando um ferro que empolgou tudo e todos. Álvarito Bronze, por seu turno, esteve correctíssimo na lide do seu toiro, rubricando a melhor actuação da sua carreira naquela praça. E afinal, têm ou não têm valor para cá andar estes dois cavaleiros. Claro que o têm. E devem ser repetidos.
Da corrida de ontem no Montijo, com pouco público nas bancadas, há ainda a destacar o excelente comportamento dos toiros de Ascensão Vaz, ganadaria representada pelo empresário António Nunes e que este ano triunfou na Moita, em Tomar e em Estremoz (exceptuando o quinto, o de pior nota) e mais um importante grito de afirmação do jovem Parreirita Cigano, que substituía Tiago Carreiras, a quem tocou o pior toiro e que esteve decisivo e ousado, levando o êxito a bom porto. Gilberto Filipe teve uma lide em crescendo, António d'Almeida reafirmou o seu valor e Mara Pimenta teve actuação triunfal a fechar a corrida.
Pegaram os Amadores do Aposento Barrete Verde de Alcochete (Diogo Amaro e César Nunes, ambos à primeira), os Amadores do Montijo (Ricardo Parracho à quarta e José Pedro Suissas à segunda) e os Amadores de Beja (Moisés Moura à terceira e Pedro Costa à primeira).
A corrida teve direcção acertada de Pedro Reinhardt.

Fotos Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com