O ministro da Cultura Pedro Adão e Silva ainda não se dignou responder às questões que lhe foram postas pelo Chega (através de documento entregue no início desta semana na Assembleia da República pelo Grupo Parlamentar do partido) sobre a "mudança de nome" da Praça de Toiros do Campo Pequeno.
O partido liderado por André Ventura insurgiu-se contra o facto de "um Monumento com 130 anos de história, classificado como Património Cultural e de Interesse Público, seja 'baptizado' com o nome de uma marca comercial" e perguntou ao ministro "que medidas irá tomar o Ministério da Cultura para defender este Património e corrigir esta situação".
"A Monumental Praça, constitui um dos principais edifícios do neoárabe existentes em Portugal e é hoje um ex-libris da cidade de Lisboa, pelo seu valor cultural e emocional”, lembrou o Chega ao ministro, frisando que “gerações de aficionados, nacionais e estrangeiros, testemunharam uma parte importante da história da tauromaquia portuguesa nas suas bancadas".
O Chega acentuou ainda que ao longo de mais de um século (a praça foi inaugurada há 131 anos), "actuaram ao longo da sua história os maiores nomes da tauromaquia mundial, seja a cavalo ou a pé, grupos de forcados e muitas ganadarias".
Segundo Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, o ministro Adão e Silva ainda não respondeu às perguntas que o Chega lhe fez através da Assembleia da República.
Na última segunda-feira, como aqui testemunhámos com registos fotográficos, a empresa gestora do Campo Pequeno, liderada por Álvaro Covões, colocou na Porta Grande (a porta principal) da Praça de Toiros uma placa com a "nova designação" de Sagres-Campo Pequeno, mas acabou por retirá-la logo na manhã seguinte, certamente consciente de que não se pode dar "um novo nome" a um Monumento que é Património Cultural.
Fotos D.R.