Miguel Alvarenga - "Que deviam ter sido nomeados" é uma maneira de dizer. É apenas e só a minha opinião. Tenho direito a expressá-la, pese embora o facto de o júri ter decidido, pelo que está decidido e ponto final.
Este ano, para clarificar e não deixar dúvidas ou suspeitas ou mal entendidos, a organização da Gala da Tauromaquia (quinta edição), composta por Francisco Mendonça Mira, Nuno Santana e Diogo Toorn, nomeou júris para cada categoria, que foram quem elegeu os 60 nomeados ontem anunciados na Feira da Golegã na cerimónia que decorreu no Pavilhão Dr. Miguel Quina.
Não consegui estar presente, mas presumo que foram anunciados - ou que virão a sê-lo muito em breve - os membros de cada júri que elegeu os nomeados nas nove categorias: cavaleiro de alternativa; cavaleiro praticante/amador; matador de toiros; novilheiro; forcado; grupo de forcados; bandarilheiro/peão de Brega; empresa; e ganadaria.
Cabe agora ao público aficionado votar nos seus preferidos (os números de telefone para votar em cada nomeado já foram ontem divulgados) até ao dia 26 - e os vencedores (este ano, com dois prémios por cada categoria: triunfador do júri e triunfador do público) serão finalmente anunciados na V Gala da Tauromaquia, que se realiza no sábado 29 no Restaurante Kais, em Lisboa. A propósito: já marcou o seu lugar? Não perca tempo, não espere que esgote!
Na generalidade, concordo com a grande maioria dos nomeados - mas não vou deixar de apontar uma ou outra falha (do júri) por as considerar injustas. Todos temos a nossa opinião e todos temos direito a expressá-la. E é o que vou fazer.
Melhor cavaleiro de alternativa - estão nomeados oito. Concordo com todas as nomeações. E sei que não se podem nomear todos aqueles que mereciam ser nomeados. Não tirava nenhum dos oito. Por isso, não sei como se faria, mas... considero que é injusto não estar nomeado António Ribeiro Telles filho (foto) - que é, na minha opinião, um dos triunfadores desta temporada.
Melhor Cavaleiro Praticante/Amador - estão nomeados cinco (um deles, Duarte Fernandes, muito distanciado do pelotão da sua categoria). O luso-mexicano André Gonçalves, apenas com duas participações na temporada, em Paio Pires e Évora, está equiparado a praticante por ser rejoneador de novilhos. Ou seja, não há nenhum amador nomeado. E a meu ver, falta Mariana Avó (foto), a cavaleira praticante que mais toureou em Portugal e quase sempre com resultados positivos.
Melhor matador de toiros - estão cinco nomeados, só um português (Manuel Dias Gomes), dois espanhóis (Morante de la Puebla e Borja Jiménez), um peruano (Roca Rey) e um francês (Sebastián Castella), Concordo em absoluto com as quatro primeiras nomeações. Discordo da nomeação de Castella. O valoroso matador francês apresentou-se em Julho em Vila Franca na corrida mista das Festas do Colete Encarnado, tendo passado sem pena nem glória pela "Palha Blanco", não por falta de valor, mas sim pela pouca importância que os novilhotes que enfrentou deram (ou antes, não deram, retiraram) ao seu labor. Em lugar de Castella, devia estar nomeado o novo matador português Diogo Peseiro (foto). É a minha opinião. Triunfou em final de Abril em Almeirim, ao lado de Borja Jiménez, com "toiros de Madrid" da ganadaria Santa Maria; triunfou na Ilha Graciosa com dois toiros-toiros de cinco anos; e triunfou em Abiul. A sua presença na temporada portuguesa foi muito mais importante que a de Castella.
Melhor novilheiro - estão cinco nomeados, sendo que nesta categoria cabem os novilheiros com picadores (casos de Tomás Bastos, o mais destacado de todos; e do espanhol Javier Zulueta) e os novilheiros aspirantes (que estão uns degraus abaixo, casos dos principiantes Eduardo "Chibanga", João Fernandes e Vicente Sánchez). Portugal tem, além de Tomás Bastos, outro novilheiro na calha para se tornar matador: João D'Alva. Mas o facto de não ter toureado em nenhuma praça portuguesa retirou-lhe a possibilidade de ser nomeado. Pena.
Quanto às restantes categorias - bandarilheiro/peão de brega, empresa, grupo de forcados, forcado e ganadaria - concordo em absoluto com os nomeados e não tenho absolutamente nada a apontar.
Fotos M. Alvarenga e Pedro Batalha
