O "Farpas" é um orgão de Comunicação Social independente - e a prova maior está no comunicado da administração do Campo Pequeno, que considerou como "perseguição" críticas que lhe foram feitas.
Por deixarmos de ter anúncios do Campo Pequeno, não deixamos de ser quem somos. Por proibirem os nossos repórteres e até aqueles que, não o sendo, colaboram de alguma forma com o nosso jornal, de entrarem gratuitamente na praça, continuaremos a ser quem somos. Se alguém fica mal no retrato, pelo seu radicalismo, é a administração do Campo Pequeno - e não nós.
O "Farpas" retirará, a partir desta data, o Campo Pequeno do circuito habitual de notícias, apenas se referindo em termos noticiosos a factos ocorridos na arena de Lisboa, quanto tal se justifique e em casos excepcionais.
Legalmente (também temos advogados - e bons!) a empresa não nos pode impedir de exercer o direito de informar. Poder-se-ia iniciar aqui uma batalha judicial exemplar. Mas não vamos perder tempo com isso. Informaremos quando isso se justificar. Os nossos leitores fiéis merecem-no e a confiança que sempre depositaram em nós o justifica.
Lamentamos - mas entendemos e compreendemos a decisão da administração do Campo Pequeno. Que é institucional. E não pessoal - acreditamos.
Enche-nos até de orgulho e vaidade. Em muitos anos e com muitas empresas que por lá passaram, nunca houve um corte de relações radical com nenhum jornal. Tinha que ser com o "Farpas".
Continuamos a marcar a diferença. Até nisto.
Continuamos de cabeça levantada. Orgulhosos da nossa luta em prol da Festa. Conscientes de que jamais desiludiremos a imensa legião de aficionados que está ao nosso lado. São esses, mais que os administradores, directores e colaboradores do Campo Pequeno, que merecem o nosso respeito. E justificam a nossa existência.
Como disse um dia o Prof. Salazar, "a razão da nossa força é a força da nossa razão". Mais nada!
A administração do Jornal "Farpas"