Chama-se Cristina Sánchez (tem o mesmo nome da famosa toureira) e ocupa há quatro anos o posto de ajudante de segurança na Real Maestranza de Sevilha, embora já leve vinte anos como vigilante às ordens de seu pai, Rafael Díaz Palacios, o chefe de segurança da praça.
Actualmente são vinte os elementos que compõem o grupo de vigilância em Sevilha, coordenados por Cristina. "O nosso trabalho começa às 17h30 quando as portas são abertas. Procuramos impedir que entrem latas, vidro, tiramos as tampas das garrafas e temos que controlar o público, impedir que alguém se mexa durante a lide de um toiro, impedir que sejam feitas gravações em video, que não é permitido", explica em entrevista ao jornal "ABC", edição online de Sevilha.
Por norma, registam-se "poucos incidentes" e mesmo os que sucedem "procuramos que não transcendam para o exterior". "Este é um espectáculo muito sério e a Real Maestranza de Caballería de Sevilha é uma praça de muito categoria que não merece que essas coisas saiam lá para fora", diz.
"Normalmente, as coisas mais significativas que registamos dizem respeito a estrangeiros que, compreende-se, querem levar a sua recordação e filmam partes da corrida em video. Depois, quando os abordamos, não entendem ou fingem que não entendem", conta.
Lamenta não poder, como queria, ver as corridas, mas "tenho mais respeito pelo cumprimento das minhas obrigações do que por satisfazer o meu desejo de ver as corridas". Confessa-se aficionada, fã "da valentia de Juan José Padilla", mas sobretudo do toureio a cavalo.
Se pudesse eleger uma corrida para ver, escolheria "uma com Padilla" ou "a matinal de rejoneio" (próximo dia 29). "Para mais, é o meu dia de anos e se o meu chefe me der a manhã livre, seria a mulher mais feliz do mundo", confessa.
"O meu grande ídolo foi Javier Buendia, pois gosto muito de cavalos e da doma vaquera. Foi o melhor que vi, mas agora o que dá espectáculo é Diego Ventura", opina.
Foto J. M. Serrano/"ABC/Sevilha"