Miguel Moura e Parreirita Cigano (em baixo) protagonizaram ontem os mais emotivos e empolgantes momentos da Corrida de Gala que encerrou a magnífica temporada do Campo Pequeno |
Praça cheia, ontem, na Gala à Antiga Portuguesa que encerrou com chave de ouro e um ambientazo enorme a magnífica temporada do Campo Pequeno. Emotiva a homenagem, ao início, a José Samuel Lupi, que recebeu na presença dos seus eternos companheiros do "Quarteto da Apoteose" - Ángel Peralta, Álvaro Domecq e Rafael Peralta - o Galardão Prestígio/2016, outorgado pela Administração da primeira praça do país. O público tributou a Lupi uma calorosa ovação - só ficou a faltar a merecida volta à arena.
Frente a toiros muito sérios de Fernandes de Castro, cheios de sentido, com idade e trapio e que em nada facilitaram o labor a cavaleiros e, sobretudo, aos forcados, os grandes triunfos da noite ocorreram precisamente na recta final da corrida e com as actuações de Miguel Moura (foto de cima) e Parreirita Cigano (foto ao lado), dois dos mais sólidos valores desta nova geração de cavaleiros - duas actuações empolgantes e que galvanizaram o público de Lisboa.
António Ribeiro Telles abriu praça com uma lide muito acertada e de grande rigor clássico; António Maria Brito Paes reafirmou, com uma actuação com classe e bom gosto, a nova página que virou esta temporada na sua carreira; Marcos Bastinhas assinou uma lide de grande afirmação e enorme exuberância, como lhe é peculiar, triunfando; e Duarte Pinto manteve a linha de coerência de um estilo que é muito próprio e prima pelos ferros de verdade em terrenos de compromisso.
Na generalidade, os seis cavaleiros estiveram indiscutivelmente à altura do grande acontecimento que ontem se viveu no Campo Pequeno - assim como os forcados, havendo a registar grandes e aplaudidas intervenções dos dois grupos, Amadores de Lisboa e Amadores de Coruche.
A corrida foi bem dirigida por Lourenço Luzio - que fez questão de nos elucidar de que a direcção de ontem pode ter sido, de facto, a última em Lisboa, mas provavelmente não a despedida definitiva do cargo de "inteligente", uma vez que aguarda a reforma, mas não para já.
Muita cara conhecida ontem no Campo Pequeno e uma presença muito especial e que não passou despercebida ao público, sobretudo depois de os Forcados de Coruche lhe brindarem uma pega: numa contra-barreira do sectos 1 esteve o célebre matador de toiros Juan António Ruiz "Espartaco".
Mais logo, não perca a análise detalhada de Miguel Alvarenga e todas as fotos de Maria João Mil-Homens.
Fotos Frederico Henriques/@Campo Pequeno