"Sou feminina, mas quando entro na praça quero que olhem para mim como cavaleira, e não como mulher", afirma Ana Batista numa grande entrevista à revista "Lux" dada à estampa na edição desta semana.
"Aos 39 anos, assume-se como mulher forte, perfeccionismo e sensibilidade são o que a caracteriza. É apaixonada pela família, pelos amigos e, sobretudo, pela profissão", escreve a jornalista Catarina Coutinho, autora da entrevista em cinco páginas da revista e com fotos de Artur Lourenço captadas no cenário do Campo Pequeno, umas no exterior da praça, outras na arena e também no Museu Taurino.
A popular toureira de Salvaterra de Magos assume que "adora crianças e acho que um filho poderia preencher a minha vida", mas apesar de o marido, o equitador Orlando Vicente, "não fazer tanta pressão, porque já tem filhos", Ana Batista confessa que "já começo a fazer contas à idade e a pressionar".
"Sou uma pessoa serena, apesar de ter os meus momentos", afirma a cavaleira, recordando que um dia "entrei na praça e um senhor disse-me que as mulheres são para estar em casa a lavar a loiça". Mesmo assim, Ana Batista considera que "nem sempre foi fácil" vingar num mundo maioritariamente de homens: "Em Espanha, por exemplo, nalgumas zonas fui tratada com muito respeito e consideração, noutras a população era mais machista. Mas também oiço muitos comentários de apoio, principalmente no norte de Portugal".
Uma entrevista a não perder na "Lux" desta semana.
Fotos D.R.