“Não faz falta dizer o sentido de responsabilidade que me assalta na hora de escolher os toiros que irão para o Campo Pequeno. Sinto que a afición espera muito esta corrida. Nos últimos anos a divisa tem-se saído bem neste compromisso”, refere o ganadero Joaquim Grave àcerca da próxima corrida do Campo Pequeno, dia 25, onde a histórica ganadaria Murteira Grave assinala na capital os 75 anos da sua fundação num cartel de máxima categoria com os cavaleiros João Ribeiro Telles, Francisco Palha e Luis Rouxinol Jr. e os grupos de forcados Amadores de Santarém e de Coruche.
A ganadaria Murteira Grave, fundada em 1944 por Manuel Joaquim Grave, avô do atual proprietário, celebra este ano as suas Bodas de Diamante, efeméride que constitui um dos pontos altos da temporada do Campo Pequeno.
É desta ganadaria o magnífico curro de toiros que será lidado na próxima corrida do Campo Pequeno, a 25 de Julho.
No dizer do seu atual proprietário, Joaquim Manuel de Vasconcellos e Sá Grave, trata-se de “uma corrida bem feita, não exagerada em tamanho, como gosto de lidar”.
O ganadero recordou que “foi em 1951 que a ganadaria lidou o seu primeiro toiro, de nome 'Sevilhano', no Campo Pequeno. Lidou-o o saudoso João Branco Núncio, o ‘Califa de Alcácer’, primeiríssima figura e génio do toureio a cavalo. De então para cá foram já 257 os toiros lidados em Lisboa vindos da Herdade da Galeana”, a exploração solar do efetivo.
A ganadaria estreou-se em Évora, a 29 de Junho de 1950, e tem como antiguidade o seu debute na Monumental de Madrid, a 21 de Julho de 1964. Nesta praça os toiros da Galeana registaram, desde então, vários triunfos.
Foto Frederico Henriques