Jaime Amante, que ainda pertence à antiga geração de críticos tauromáquicos (quando os havia a sério!) e foi toureiro amador e mais tarde se tornou no mais emblemático dos toureiros cómicos nacionais, formando primeiro o seu grupo "El Gran Totó" e integrando depois durante vários anos o famoso e infelizmente desaparecido grupo espanhol "El Bombero Torero" - é também um fadista de alma e sentimento.
Com Ana Paula Santos (uma revelação), acaba de lançar, por iniciativa da Tertúlia "Berço da Tauromaquia" de Abiul, o cd "Há Toiros em Abiul", em que cada um interpreta cinco fados, superiormente acompanhados pelos músicos Ricardo Silva e João Silva (foto de cima).
A gravação foi feita na sede da tertúlia, que é editora do cd - que arranca precisamente com o fado "Há Toiros em Abiul", da autoria de Jaime Amante, que canta depois alguns dos mais conhecidos fados taurinos: "Até o Rei ia ao Fado", "Grande Farra", "Montemor é Praça Cheia" e o célebre "Quentes e Boas", imortalizado pelo grande Rodrigo.
"Tarde triste no Campo Pequeno" (a tarde da morte de Quim-Zé Correia), "Chaves da vida", "Um fado para esta noite", "Maldição" e "Cigano" são, por seu turno, os fados cantados por Ana Paula Santos.