quinta-feira, 18 de julho de 2019

Vai ou não vai haver corrida no domingo na Póvoa de Varzim?


Ainda ninguém percebeu se vai ou não vai haver tourada na Póvoa de Varzim este domingo. A Câmara diz que não e já iniciou inclusivamente a demolição da praça. A empresa Aplaudir, o Clube Taurino Povoense e a Federação Prótoiro continuam a dizer que sim. A IGAC, conta o "Público", adverte que "não foi requerida uma vistoria" à praça e que por isso não é possível antecipar as condições técnicas e de segurança em que a mesma se encontra. O braço de ferro continua...

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e várias organizações tauromáquicas que querem organizar uma tourada no recinto daquela cidade estão num braço de ferro, noticia o jornal "Público". Apesar de já terem sido iniciadas as obras de demolição da praça, nomeadamente a destruição da trincheira e portas e de estas organizações terem sido “avisadas com antecedência” dessa decisão, sublinha Andrea Silva, vereadora na Câmara da Póvoa e responsável da empresa municipal Varzim Lazer, a empresa Aplaudir de João Pedro Bolota, promotora da corrida, o Clube Taurino Povoense e a Federação PróToiro continuam a anunciar uma corrida para a praça às 22h00 do próximo domingo.
Rui Porto Maia, responsável pelo Clube Taurino Povoense (CTP), afirmou, em declarações ao "Público", que “quem emite as licenças para a realização do espectáculo não é a autarquia”. “A tourada faz parte da cultura portuguesa”, acrescentou ao jornal o presidente do CTP, que juntamente com os responsáveis da empresa Aplaudir e da Federação Portuguesa de Tauromaquia-PróToiro avançou para tribunal.
O tribunal, por sua vez, notificou a autarquia, que vai pronunciar-se. Andrea Silva, representante do município que se declarou “anti-touradas”, garantiu, contudo ao "Público", que “não será possível a realização desta tourada porque há falta de condições de segurança”.
Embora Rui Porto Maia considere que “é a Inspecção Geral das Actividades Culturais quem tem que dar um parecer” e defenda que “a praça de toiros é pública, dos poveiros”, Andrea Silva assevera que “a praça está sem licenças”, pelo que “não existem condições para a realização do espectáculo” - acrescenta o "Público".
A Monumental da Póvoa de Varzim está, actualmente sob alçada da empresa municipal Varzim Lazer, que gere e arrenda a propriedade. No entanto, como já havia sido adiantado pelo "Público", a Câmara anunciou a demolição da praça para que se crie um espaço multiusos, a Póvoa Arena.
Também segundo o "Público", a Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) adverte que “não foi requerida nenhuma vistoria pelo proprietário ou explorador da praça de toiros em questão”, não sendo possível “antecipar as condições técnicas e de segurança em que a mesma se encontra”.