domingo, 24 de julho de 2022

Lotação esgotada em Évora: Maestro Moura, ainda e sempre o primeiro!

Miguel Alvarenga - Não consegui ainda o condão de estar em muitas praças ao mesmo tempo e ontem estive à noite na Nazaré (grande corrida, valeu a pena!), com imensa pena de não ter estado à tarde em Évora (lotação esgotada). Também não me dei ainda à ousadia de fazer crónicas de corridas a que não assisto, limitando-se a pequenas notícias sobre elas baseado no que leio e nas informações que colho (o que é, às vezes, perigoso, por nem sempre corresponderem à realidade do que se passou, vida complicada!).

Mas não posso deixar de me congratular com o triunfo grande, enorme, apoteótico, dizem-me, do Maestro Moura, sobretudo no seu segundo toiro de Passanha, ontem à tarde em Évora.

Transcrevo a opinião de José Moita da Cruz, aficionado insuspeito, antigo cavaleiro tauromáquico, que penso dizer tudo sobre o que ontem aconteceu na praça de Évora:

"Évora na segunda parte da corrida, João Moura acabou com o quadro, duas voltas, público de pé e Moura com uma lágrima no canto do olho. Telles andou com a classe que nos acostumou e Pablo inferior a si mesmo, embora com o mesmo requinte!".

Moura é Moura a vida toda e por mais anos que passem, por menos que se cuide (olha a dieta, João!), a realidade é que continua a ser e há-de ser sempre o primeiro! E o resto continuarão sempre a ser cantigas!

Lamentavelmente, há poucas ou quase nenhumas imagens da corrida, excepto as obtidas por Juan Andrés Hermoso de Mendoza, que teve acesso à trincheira por fazer parte da equipa de seu irmão. Os fotógrafos, não o tiveram.

Florindo Piteira, um dos grandes repórteres taurinos nacionais, lamentou no Facebook que as novas regras impostas pela IGAC impeçam a obtenção de imagens dos espectáculos taurinos (muito embora as mesmas possam ser obtidas da bancada, obviamente que sem as mesmas condições de quem fotografa na trincheira):

"Grande tarde de aficion! Casa cheia na Catedral do Forcado. Para história só ficam as lembranças dos que lá estiveram, pois o nosso país arranjou maneira dos profissionais de imagem não poderem trabalhar na maioria das praças de toiros, mais uma machadada na árvore, hoje ninguém repara, mas amanhã vão faltar os preciosos registos. Antes de ser Fotógrafo já era Aficionado, por hora vou voltar a esse modo".

Pegaram os forcados de Évora e São Manços (bem os dois grupos, dizem-me) e o importante foi a praça ter esgotado - e Moura ter estado como esteve.

Olé, olé, João Moura!

Fotos D.R. e Juan Andrés H. Mendoza/Farpas



Confronto de Maestros esgotou a praça
de Évora. E Moura deu lição de cátedra!