“Mais importante para mim, depois da intervenção cirúrgica que fiz, é poder reaparecer em praça e estar à frente de um novilho. Não como queria, como matador de toiros, mas a montar a cavalo, que é também uma grande paixão” - palavras do matador de toiros Luis Vital "Procuna" em declarações ao jornal "O Setubalense", a propósito do seu regresso às arenas no próximo dia 26 na praça de toiros da Moita, onde vai actuar como cavaleiro no festival organizado pela Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita.
Afastado das lides há alguns anos por problemas de saúde que, graças a Deus, não o impedem de fazer a vida normal, mas não lhe permitiram mais continuar a sua tão promissora carreira de matador de toiros, com história feita e valor confirmado, Luis "Procuna" vai agora voltar a ter as sensações de tourear em praça, ainda por cima na sua praça "Daniel do Nascimento", desta vez como cavaleiro.
“É a minha estreia (risos). Fui sempre muito aficionado aos cavalos. Tenho cavalos, éguas lusitanas, mas nunca me mostrei em praça” - acrescenta.
“Vou dar tudo para estar bem e poder triunfar, porque no toureio como em tudo na vida sempre gostei de dar tudo. Vou tentar agradar. Penso que a afición vai corresponder e estar presente num dia tão importante para todos. Alguns dos que vão participar no festival estão no activo como bandarilheiros, mas não como novilheiros nem matadores, é tudo novo e acho que os nossos amigos vão estar todos presentes a apoiar-nos. Vai ser um festival com força, dentro da amizade”, rematou.
A pé, toureiam várias estrelas que passaram pela Escola da Moita, como Sérgio dos Santos "Parrita", João Prates "Belmonte", o espanhol Luis Cartujano, Morenito de Portugal (há muitos anos afastado das arenas e a residir actualmente em Inglaterra), João Miguel "Lagartijo", João Mexia (um dos mais destacados alunos do momento) e, claro, o professor da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita, o matador Joaquim Ribeiro "Cuqui". Pegam os forcados do Aposento da Moita.
Lida-se a cavalo um novilho de Romão Tenório e, a pé, três de Mata-o-Demo e três de Calejo Pires.
Foto Emílio de Jesus/Arquivo