O matador espanhol Julián López "El Juli" recebeu ontem das mãos dos Reis de Espanha, em cerimónia realizada no Centro de Arte Reina Sofía, em Madrid, o último Prémio Nacional de Tauromaquia (referente ao ano de 2023, o da sua despedida das arenas) e, ao contrário de Don Felipe e Dona Letizia, o ministro da Cultura (anti-taurino) Ernest Urtasun não aplaudiu o toureiro (foto de cima). Ficou a olhar para ele como um burro para um palácio...
Concedido pelo Ministério da Cultura desde 2013 e dotado com 30.000 euros, o Prémio Nacional de Tauromaquia foi suprimido pelo actual ministro da tutela de forma unilateral e por razões ideológicas.
Apesar de o ministro não lhe ter batido palmas, "El Juli" estendeu-lhe a mão e cumprimentou-o no momento em que recebeu o prémio, declarando depois aos jornalistas sentir-se "entristecido e bastante indignado" pelo facto de o ministro da Cultura "ter decidido de maneira unilateral prescindir da tauromaquia, exclui-la de uma maneira totalmente injusta", como refere a agência EFE.
"El Juli" preconizou que o Prémio Nacional de Tauromaquia (recebeu o último) voltará "quando se restabelecer a ordem e a justiça", censurando a decisão do ministro Urtasun: "A cultura não a decide ele, decide-a o povo. Não gosto de censurar nem de excluir nada, ao contrário, acredito na liberdade, acredito que cada pessoa pode sesenvoplver a sua profissão artística e deve ser reconhecida como tal".
Entretanto, Victorino Martín, presidente da Fundación Toro de Lidia, endereçou uma carta aberta ao primeiro-ministro Pedro Sánchez, na qual pede a demissão do ministro da Cultura pela sua atitude na entrega dos Prémios Nacionais de Cultura.