segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Caso José M. Cortes": já está em Santa Maria e próximas horas serão decisivas



Última Hora - Segundo informações de fonte hospitalar, continua estável, mas é ainda grave, o estado de José Maria Cortes, de 29 anos, cabo dos Forcados Amadores de Montemor, vítima de esfqueamento no coração, na madrugada de ontem numa rixa verificada em Alcácer do Sal, no recinto da Feira Pimel e que terá envolvido mais de 60 pessoas, entre forcados do seu grupo e de outros e populares, causando 10 feridos, sendo ele o que se encontra em estado mais crítico. O valente forcado, um dos melhores da actualidade (na foto ao lado, dando a volta à arena na passada quinta-feira em Lisboa, no Campo Pequeno, com o cavaleiro David Oliveira e a ganadeira Sofia Silva) estava desde a madrugada de ontem internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, em coma induzido, depois de ter sido operado ao coração. Neste momento já se encontra no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para onde foi transferido. Continua em estado de coma induzido, ligado à máquina, mas por precaução. As notícias são agora "mais animadoras".
Como o próprio nome indica, o estado de coma induzido é provocado pelos médicos com o objectivo de manter o doente "adormecido", tranquilo e em recuperação. Segundo um médico, o doente "será acordado" assim que se verificar que está "em condições de o ser", o que pode acontecer "dentro de quatro ou cinco dias ou até mais, conforme a sua evolução".
"Só nas próximas 48 horas se poderá fazer uma avaliação mais concreta e eficaz do estado em que o doente se encontra", diz-nos a mesma fonte, acrescentando que "aparentemente e dado ser um jovem e forte, se não existirem quaisquer complicações ou infecções, o problema da facada no coração pode estar eventualmente ultrapassado, uma vez que já foi operado e tem estado a reagir favoravelmente".
O mais grave e a maior incógnita, neste momento, é avaliar se José Maria Cortes sofreu ou não lesões cerebrais devido às duas paragens cardíacas que se registaram a seguir à agressão, uma delas, segundo fontes contactadas, "demasiado longa".
"Três minutos é o prazo limite para que uma paragem cardíaca não provoque danos cerebrais", explica um médico, acrescentando: "Tudo o que vá além desse espaço de tempo pode ser fatal e causar lesões cerebrais irreversíveis". Essa situação, segundo a mesma fonte, "só deverá ser avaliada quando o doente  abandonar o estado de coma em que foi induzido".

Fotos D.R. e Emílio de Jesus