O mundo do toureio e, em particular, o do rejoneio, vestem-se hoje de luto pela morte de Rafael Peralta. Estava internado no Hospital Quirón Sagrado Corazón, em Sevilha, com uma pneumonia a que não resistiu, morrendo este sexta-feira, rodeado pela família. Tinha 92 anos.
O corpo vai estar em câmara ardente a partir desta tarde no Salão Nobre do Ajuntamento de La Puebla del Rio e o funeral realiza-se amanhã, sábado, de manhã.
O lendário rejoneador sevilhano marcou uma época de ouro do rejoneio juntamente com seu irmão Ángel Peralta e também com Álvaro Domecq e José Samuel Lupi, com quem formou o célebre quarteto dos "Jinetes da Apoteose".
Rafael Peralta nasceu em 4 de Junho de 1933 em La Puebla del Rio (Sevilha). Debutou na praça de Constantina a 4 de Junho de 1957 e dois anos depois toureou pela primeira vez em Las Ventas, Madrid, ao lado dos matadores Júlio Aparício, Manolo Vásquez e Curro Girón.
Foi vários anos líder do escalafón e alcançou ao longo da sua carreira numerosos triunfos em Espanha, França, Portugal, México, Venezuela, Equador, Colômbia e Peru. Retirou-se em 2000, depois de 43 temporadas ininterruptas em que somou mais de 3.000 corridas e estourou mais de 5.000 toiros.
Que em paz descanse.
Fotos D.R. e Emílio de Jesus/Arquivo
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O "Quarteto da Apoteose": Domecq, Lupi e os irmãos Peralta |
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No Campo Pequeno: Rafael e Ángel Peralta, Manuel Jorge de Oliveira e José Mestre Batista |
Ángel e Rafael Peralta no Campo Pequeno com Rui Bento |
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Os irmãos Peralta e Álvaro Domecq em 2016 no Campo Pequeno numa noite de homenagem a José Samuel Lupi |