terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Ontem, 2ª feira: 8.697 leram o "Farpas"

 

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Tomás Bastos é o único toureiro português na próxima Feira de Olivença

Presença de Tomás Bastos e reaparição de Morante em Olivença

Tomás Bastos é a única presença portuguesa na próxima Feira de Olivença, em Março, composta por duas corridas de toiros e duas novilhadas com picadores e marcada pela reaparição de Morante de la Puebla - ciclo cujo cartaz e os cartéis foram hoje divulgados.

O promissor novilheiro vilafranquense actuará na novilhada com picadores matinal de domingo 9 de Março, ao lado de Marco Pérez e da nova estrela Olga Casado, que debuta com picadores. Lidam-se novilhos das ganadarias Fuente Ymbro, Talavante e La Puríssima.

O ciclo abre na sexta-feira 7 de Março com uma novilhada com picadores em que toureiam Sérgio Sánchez, "El Mella" e Javier Zulueta frente a seis novilhos de Talavante.

No sábado 8 de Março haverá uma corrida de toiros à tarde com toiros de Victoriano del Rio e a esperada reaparição de Morante de la Puebla - ao lado de Emílio de Justo e Borja Jiménez, os dois grandes triunfadores desta temporada de 2024.

No domingo 9 de Março, há a novilhada acima referida de manhã e à tarde mais uma corrida de toiros com cartel composto por José Maria Manzanares, Alejandro Talavante e Juan Ortega com toiros de Puerto de San Lorenzo.

Fotos M. Alvarenga

Ricardo Relvas de novo hospitalizado

Depois de no passado dia 5 de Novembro ter sido submetido a uma operação à artéria aorta, que correu bem, o nosso companheiro Ricardo Relvas - antigo toureiro, hoje reputado repórter fotográfico e correspondente do "Farpas" em Espanha - está de novo hospitalizado em Alcalá de Henares devido a uma infecção que provocou uma saturação baixa de oxigénio, razão pela qual mais logo passará o ano no seu leito hospitalar.

Desejos de rápido restabelecimento e de um 2025 muito melhor que este 2024 - com mais saúde!

Foto D.R.

Praça de Reguengos entregue a associação de antigos forcados

Uma associação de antigos forcados do Grupo de Monsaraz, denominada "Reguengos Aficion", sediada na Rua de Santa Cataria em Évora e formada em tempo recorde (no dia 13 de Dezembro) para concorrer à adjudicação da praça de toiros "José Mestre Batista", de Reguengos de Monsaraz, foi a vencedora do concurso promovido pela Santa Casa da Misericórdia e vai geri-la pelos próximos quatro anos.

O prazo para entrega de propostas na Santa Casa da Misericórdia (proprietária da praça) terminava a 16 de Dezembro, mas foi prorrogado por mais dois dias, até 18.

Além desta nova associação, foram concorrentes os empresários José Maria Charraz (que ficou em segundo lugar), Toiros & Tauromaquia, ex-gestora da praça (ficou em terceiro), Nuno Leão (quarto) e Tertúlia Óbvia (quinto).

A Associação "Reguengos Aficion" não está inscrita na Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), que tem uma assembleia marcada para 16 de Janeiro, durante a qual se votará a sua candidatura, daí dependendo a validade (ou não) do resultado deste concurso.

Foto M. Alvarenga

Novilheiros lusos e novilhos de Murteira Grave em Janeiro em La Puebla del Rio

Morante de la Puebla (foto) e o seu apoderado Pedro Jorge Marques são, um ano mais, os organizadores dos tradicionais festejos e encierros que durante três dias, no mês de Janeiro (17, 18 e 19), animam La Puebla del Rio (Sevilha), realizando-se duas novilhadas em que haverá a registar a presença de dois novilheiros portugueses (um da escola de Vila Franca e outro da escola da Moita) em cada um dos dias, bem como a lide de seis novilhos da ganadaria Murteira Grave no dia 19.

Celebra-se em Janeiro o 10º aniversário destes festejos em La Pubela e Morante e Pedro Marques querem dar um novo impulso a estas festividades, que se traduzem no primeiro ciclo taurino do novo ano em Espanha.

Como novidade, o facto de, pelo menos uma das novilhadas ser transmitida pelo Canal Sur (com comentários do português Luis Filipe Cochicho), o que acontece pela primeira vez.

O primeiro dia, 17 de Janeiro, será, como habitual, dedicado às crianças. No dia 18 teremos a primeira novilhada com um concurso de ganadarias disputado pelas divisas de Garcigrande, Alcurrucén, Talavante, Matilla, Espartaco e Fermín Bohórquez; e no dia 19, como acima referimos, lidam-se seis novilhos de Murteira Grave.

Os cartéis e o programa das festas serão apresentados nos próximos dias.

Foto M. Alvarenga

Lisboa e Santarém disputam despedida de Cayetano Rivera Ordoñez

Ao que por aí corre, as empresas de Santarém e de Lisboa disputam a presença do matador espanhol Cayetano Rivera Ordoñez (fotografado pelo "Farpas" em 2019 na arena do Campo Pequeno na única vez em que toureou entre nós) nas suas arenas em 2025, temporada em que anunciou despedir-se das arenas.

A Associação "Sector 9" pode anunciá-lo numa corrida com dois cavaleiros, como este ano aconteceu com Roca Rey. No Campo Pequeno, a despedida de Cayetano poderia ser mais um condimento para temperar a possível corrida mista com "Juanito" - que o empresário Luis Miguel Pombeiro não decidiu ainda se promoverá ou não.

O namoro do toureiro com a apresentadora televisiva Maria Cerqueira Gomes e o mediatismo que essa relação tem tido nas revistas nacionais poderia funcionar como uma mais valia para a presença de Cayetano numa praça portuguesa em 2025 para fazer a despedida em Portugal, pese embora o facto de só cá ter toureado uma única vez e de não ser, como seu pai (Francisco Rivera "Paquirri") foi, um ídolo da aficion portuguesa.

Fotos M. Alvarenga e D.R.

Em 2019 no Campo Pequeno, com o programa de mão de uma 
corrida nos anos 60 em que toureou seu pai, que lhe foi oferecido
pelo Director do "Farpas"

Hostes taurinas estão alvoraçadas...

As hostes taurinas andam alvoraçadas e durante o dia deste domingo cruzaram-se muitas linhas telefónicas com a tentativa de confirmar rumores ou descobrir que são apenas boatos. Sim ou sopas. Mas costuma dizer-se que não há fumo sem fogo...

Vamos ter que aguentar mais uns dias, quinze talvez, para saber ao certo com quem o empresário Luis Miguel Pombeiro fará parcerias em 2025, se mantém a que teve este ano com a Toiros com Arte de Jorge Dias e Samuel Silva, ou se se juntará a algum dos pretendentes com quem tem tido reuniões nos últimos dias (uma delas, na sexta-feira, importantíssima)...

Pode ficar tudo como estava. Mas também pode haver uma grande surpresa, inesperada como o são todas as surpresas.

Pombeiro não dorme em serviço. Está atento e a fazer pela vida. Que é o mesmo que dizer: pela tauromaquia.

Haja calma!

Foto Janos Boberly

Ontem, domingo: 5.978 leram o "Farpas"

 

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domingo, 29 de dezembro de 2024

O meu reencontro com Manuel Duran Clemente, o capitão do Telejornal do 25 de Novembro

Miguel AlvarengaEsta primeira fotografia de cima foi tirada anteontem num restaurante em Telheiras, Lisboa - e é a prova, mais que provada, que isso de Esquerdas e Direitas, extremas ou não extremas, não existe quando existe respeito, consideração e amizade feita de muitos anos de conhecimento e, neste caso concreto, para que saibam (não me vou alongar com muitas explicações, ninguém tem nada a ver com a razão de nos conhecermos e estarmos aqui nesta foto a celebrar com um copo!), de conhecimento (e amizade verdadeira) sobretudo deste meu Amigo com meu Pai. 

Este meu Amigo, alguns vão lembrar-se dele agora, chama-se Manuel Duran Clemente, era capitão de Abril no dia 25 de Novembro de 1975, no célebre 25 de Novembro de que tanto se falou este ano porque passaram 50 anos, nesse tempo eu andava nas capas dos jornais de Esquerda apelidado de “nazi dos liceus”. 

À noite, no Telejornal da RTP (não havia outros canais) que foi apresentado pelo jornalista António Santos, o Manuel apareceu nos pequenos ecrãs vestido de camuflado, com barba e cabelo comprido, estilo Che Guevara (foto também em cima), com um discurso revolucionário que não durou mais que 6 minutos. "Estão-me a fazer sinais, eu não sei se posso continuar... talvez seja melhor explicar aos ouvintes... eu não posso continuar a falar opor razões técnicas, é isso? Então eu continuo daqui a pouco, pode ser?”

Os Comandos de Jaime Neves tinham neutralizado o emissor da RTP de Monsanto e a emissão continuava a partir dos estúdios do Porto, com o filme "O Homem do Diner's Club", com Dannye Kaye no papel principal. 

Passaram 50 anos, encontrámo-nos algumas vezes depois, uma vez no Castelo de Monsaraz, ficámos amigos no Facebook, quando o meu Pai morreu o Manuel escreveu-me uma mensagem lindíssima que eu não esqueço. 

E há dois dias estávamos no mesmo restaurante. Caímos nos braços um do outro quando nos reconhecemos. E estivemos mais de uma hora a conversar, a rir e a recordar histórias desse passado. 

Ele representou na altura uma coisa que eu não queria. Substituiram-lhe os sonhos pela comédia do Dannye Kaye, o país ia mergulhando numa guerra civil e safou-se. Eu continuei a ser quem era e o Manuel também. Mas ficou o respeito, ficou a galhardia, ficou a senhorial maneira que caracteriza os grandes Homens. Gostei de te reencontrar, meu Amigo! E já marcámos uma jantarada no “Paco” para o princípio do ano!

Fotos D.R.

Santarém: "Sector 9" anuncia no primeiro dia do ano a segunda novidade da temporada

Depois de já ter anunciado a encerrona de João Moura Jr. na corrida de Março (dia 22), a Associação "Sector 9" anunciará no primeiro dia do ano a segunda grande novidade da temporada na Monumental de Santarém.

2024: o "ano horrível" de Ricardo Levesinho

Ricardo Levesinho - o princípio do fim? Oxalá que não! Faz falta!

Miguel Alvarenga - No que aos nossos empresários diz respeito, a temporada de 2024 não deixa as maiores saudades. Exceptuando raríssimos casos, de que falarei adiante, continua a ser altamente preocupante a falta de imaginação evidenciada pela maioria deles, montando e remontando sempre os mesmos elencos, aparentemente sem a mínima preocupação de assegurar um futuro (que não existirá sem o interesse do público e cada vez esse interesse é menor face aos cartéis mais do mesmo) para a tauromaquia e para eles próprios.

Bem sabemos que não existem hoje ídolos no toureio, nem toureiros com força de bilheteira para levar público às praças, o que dificulta ainda mais o já de si difícil labor dos empresários. Não é fácil montar cartéis e levar público às praças. Nos últimos anos, as corridas a cavalo andam à volta de uma dúzia de cavaleiros que são sempre os mesmos. Hoje toureia o a, o b e o c, amanhã toureia o b, o c e o d, depois o f, o a e o b, é sempre a mesma coisa. Cansa. E com essa permanente repetição, as pessoas fartam-se, não vão às praças e ainda para mais nenhum deles tem força para arrastar público. 

Vai-se hoje aos toiros apenas por ir. Sem o entusiasmo de outros tempos. Sem o interesse com que se ia ver um João Moura nos seus anos de ouro. Um Pedrito nas suas épocas de glória. 

A empresa Toiros com Arte foi a que mais festejos taurinos promoveu - 20, segundo os dados estatísticos divulgados pela Direcção-Geral das Actividades Culturais. Numa parceria em algumas praças (não em todas) com a Ovação e Palmas de Luis Miguel Pombeiro, a dupla Jorge Dias/Samuel Silva evidenciou alguma inexperiência, mas muita vontade. E, sobretudo, seriedade. Cometeu erros crassos, resultado, como o próprio Samuel reconheceu numa recente entrevista ao "Farpas", de terem sido decisões tomadas "com a cabeça quente"

Por exemplo: imaginar e acreditar que encheriam a Monumental do Montijo na (sempre fraca) corrida de Maio só porque iam sortear entre os espectadores um Fiat 500, independentemente do cartel que seria apresentado, demonstrou alguma inexperiência por parte dos jovens empresários. E é estranho que ninguém os tenha aconselhado...

Em Coruche e no Montijo, os resultados ficaram muito longe daqueles que se previam - e se desejavam. Na Chamusca, deram duas corridas na Ascensão, uma teve público, a outra não. Há que repensar as estratégias e, acima de tudo, os cartéis que mais interessam aos públicos dessas duas localidades. Samuel já afirmou que terão "maior precaução" em 2025 - e é mesmo preciso que isso aconteça.

Para já, não se sabe ainda se continua a parceria da Toiros com Arte com a Ovação e Palmas - ou se cada uma das empresas seguirá o seu caminho. Vamos aguardar pelas novidades que Pombeiro diz ter para anunciar depois de 15 de Janeiro.

Luis Miguel Pombeiro continua a ser o exemplo daquilo que é um empresário taurino à maneira antiga. Conhece, como ninguém, as preferências dos aficionados em cada uma das praças que gere, tem imaginação e tem experiência - mas nem sempre lhe reconhecem e lhe aplaudem o seu valor.

Se não fosse ele a dar o passo em frente nos tempos da pandemia, quando todos os empresários tinham dado passos atrás, ainda hoje estaríamos à espera de assistir à primeira tourada. Foi ele também que esteve uma (ou duas) noite sem dormir para elaborar as novas regras de restrição nas praças de toiros durante os anos do covid. A ele ficamos a dever a tauromaquia ter continuado num tempo em que muita coisa parou. Mas as pessoas, às vezes, esquecem-se disso.

No ano passado, mesmo sem cartéis "do outro mundo", Pombeiro logrou devolver o glamour e a categoria de outras eras ao Campo Pequeno, enchendo a praça em três corridas e esgotando na última com uma semana de antecedência. Nas outras praças em que está ao leme, houve enchentes e boas corridas.

Rui Bento, por seu turno, foi muito justamente referenciado nesta temporada como "o empresário das praças cheias" - pelos sucessos verificados nas duas corridas em Almeirim (com a primeira esgotada e a segunda cheia) e das três na Nazaré (todas com casa cheia). No próximo ano, junta a estas duas a praça da Figueira da Foz, a que regressa em força.

Importante voltou a ser a temporada promovida pela Associação "Sector 9" em Santarém - que saíu galardoada na Gala da Tauromaquia com o prémio da Melhor Empresa. Foram levadas a cabo três grandes corridas, tendo esgotado a terceira, no Dia de Portugal, onde toureou Roca Rey. Formada por jovens aficionados locais, quase todos antigos forcados, esta associação (já com uma segunda formação, antes chamava-se Praça Maior) não agarrou numa praça em alta, antes pelo contrário, foi gerir uma praça que estava pelas ruas da amargura e logrou levantá-la, tornando-a, actualmente, a mais importante do país. É obra o que eles fizeram!

Nota alta, um ano mais, para António Alfacinha e Carlos Ferreira pela temporada em Évora, com boas casas na maioria dos espectáculos, onde ponderou a seriedade dos toiros lidados e a variedade dos cartéis.

Com o destaque habitual, sobretudo na praça de Alcochete, voltaram a estar em alta os jovens empresários Margarida e António José Cardoso (Toiros & Tauromaquia), faltando agora saber se continuam ou não em Reguengos de Monsaraz, onde tarda a conhecer-se a decisão da Santa Casa depois de um (estranho) concurso a quer concorreram várias empresas e para o qual se formou à pressa uma associação de antigos forcados para também se candidatar, chegando mesmo a prolongar-se por mais uns dias o prazo para entrega de propostas... Gerem também a praça de Estrermoz em parceria com a Tertúlia Tauromáquica local, mas neste momento existe uma acção em tribunal interposta por outra instituição estremocense que reclama o direito de gerir a praça, pelo que não se sabe sequer se haverá ali corridas no próximo ano. Coisas à portuguesa...

José Luis Zambujeira e João Anão (empresa Tertúlia Óbvia), que geriam o Coliseu Figueirense, desaparecem de cena ou, pelo menos, de palcos importantes, podendo manter a organização de alguns festejos em praças de menor importância no Alentejo. São dois bons empresários, com obra feita - e que merecem continuar. 

Luis Pires dos Santos foi outro empresário em alta nesta temporada, destacando-se não apenas pela promoção de corridas a norte, sobretudo na zona raiana, mas também no Coliseu de Elvas e em Salvaterra de Magos, mantendo nesta última a parceria de sucesso com a comissão de aficionados nomeada pela Santa Casa para gerir a centenária praça ribatejana.

José Maria Charraz foi, um ano mais, o garante de boas corridas e praças cheias em duas importantes praças alentejanas, as de Beja e de Moura, mas também com excelentes corridas promovidas em Garvão e em Cuba. Foi um dos candidatos à adjudicação da praça de Reguengos e diz-se que pode vir a ter no próximo ano uma importância mais alargada no plano empresarial taurino. Aguarde-se.

Com menos corridas organizadas, mas sem que isso signifique menor importância ou menos eficiência, pelo contrário, conseguiram sucessos de praça cheia nas suas promoções, voltaram a estar em foco empresários como José Luis Gomes (Sobral de Monte Agraço), Paulo Vacas de Carvalho (Montemor-o-Novo), Rui Palma (Messejana), Américo Rolo (Alter do Chão), João Pedro Bolota (Tomar), a Associação Tauromáquica Redondense (Coliseu do Redondo) e Nuno Leão (São Manços), entre outros.

Realce, também - e bem merecido - para o desempenho da Tertúlia Tauromáquica Terceirense na organização da sempre apreciada Feira de São João em Angra de Heroísmo.

Deixei Ricardo Levesinho (Tauroleve) para o fim - porque ele protagonizou, infelizmente pela negativa, o caso do ano. 

Empresário sério, dinâmico e muito à frente dos outros, como diversas vezes referi, Ricardo Levesinho estava nestas andanças há quase vinte anos. Perdeu fôlego no último ano e debateu-se com graves problemas financeiros, que acabaram por reflectir-se negativamente nas suas organizações desta temporada. 

Em Outubro, com a história do cancelamento da corrida mista da Feira Taurina na "Palha Blanco", porque faltavam toiros sobreros para as lides a pé e os matadores se recusaram a entrar em cena com a possibilidade de terem que enfrentar toiros sobressalentes das lides a cavalo, Levesinho amuou, encheu a praça dois dias depois (na nocturna de terça-feira), assim como a enchera na véspera (com o fantástico mano-a-mano de Marco Pérez e Tomás Bastos), mas, apesar desses êxitos, a seguir comunicou à Santa Casa que ia embora e que não queria beneficiar do direito de opção que, por contrato, o poderia ainda manter mais uma temporada ao leme da sua "Palha Blanco".

O novo empresário, a quem a praça foi entregue pela Santa Casa, é um antigo forcado dos Amadores de Vila Franca - e o seu reinado é aguardado com justificada expectativa.

Ricardo Levesinho continuará, segundo ele próprio informou, a gerir a praça da Moita - mas vai fazer falta em Vila Franca. Foi o seu ano horrível. Mas ele foi, e é, e voltará a ser, se Deus quiser, um dos mais importantes e empreendedores empresários taurinos deste país. Não pode ir embora por um amuo. Muitos menos por um sobrero...

Fotos M. Alvarenga

Pombeiro: já se esqueceram que lhe devemos a tauromaquia
ter continuado de pé apesar da pandemia?
Jorge Dias e Samuel Silva (Toiros com Arte) foram os empresários
que mais festejos promoveram este ano - 20. Vão continuar a ser
parceiros de Pombeiro? Essa é a incógnita...
Rui Bento foi este ano "o empresário das praças cheias"

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Marco Pérez e Tomás Bastos marcaram a temporada nacional na noite mais emotiva do ano

A noite mais fantástica da temporada: Marco Pérez e Tomás Bastos
em Vila Franca a 4 de Outubro

Miguel Alvarenga - Ao contrário do que defendem alguns, o toureio a pé continua a ter adeptos no nosso país e temos matadores de toiros com valor de sobra para alternar com as figuras de Espanha - como "Cuqui" o provou quando em Setembro na Moita repartiu cartel com o grande Emílio de Justo, que foi este ano um dos grandes triunfadores da temporada espanhola juntamente com Borja Jiménez.

Felizmente, ainda temos empresários que apostam no toureio a pé para as suas corridas, casos de Rui Bento e Ricardo Levesinho, e também da Associação "Sector 9" que gere a Monumental de Santarém e este ano a esgotou com a presença de Roca Rey

Não houve muitas, mas houve boas corridas com matadores e novilheiros este ano em Portugal. Diria mesmo que algumas delas foram as mais marcantes corridas da temporada - muito mais do que as de cavaleiros, onde os elencos foram quase sempre a mesma coisa, cansativos e enfadonhos.

Borja Jiménez, que fora no ano anterior o triunfador da temporada em Espanha, deliciou em 2024 os aficionados lusos com belíssimas presenças no festival de Fevereiro em Mourão, na corrida mista das Sanjoaninas em Angra do Heroísmo e depois na Nazaré numa noite inesquecível e de praça cheia, onde teve o bonito gesto de se deixar anunciar ao lado de um novilheiro, dando uma importante oportunidade ao nosso Tomás Bastos, que com ele saíu aos ombros (foto em baixo).

Na Feira da Ascensão, na Chamusca, toureou António Ferrera - que, para mim, triunfou e conquistou o público; mas para outros esteve apenas vulgar e atrevido, até, porque solicitou à banda que animasse a sua faena com um pasodoble diferente daquele que estava a ser ouvido. Teve também uma aplaudida presença na Monumental da Ilha Terceira na corrida de despedida do cabo dos Amadores do Ramo Grande, Manuel Pires. Já depois, na Feira de Abiul, Ferrera deitou por terra esses triunfos. Foi para esquecer...

Na Moita, luziu a estrela de Emílio de Justo na corrida mista da Feira de Setembro, onde actuou a substituir o anunciado Morante de la Puebla, numa noite em que triunfou forte o matador local Joaquim Ribeiro "Cuqui", naquela que foi a sua segunda presença em praça este ano, depois de em Abril ter participado no festival de Sobral de Monte Agraço.

Manuel Dias Gomes teve apenas, incompreensivelmente, duas presenças também em Portugal: toureou no mesmo festival em Abril em Sobral de Monte Agraço e no fim de Agosto actuou numa das corridas de morte em Barrancos. Confirmou a alternativa em Madrid no início do ano e participou ainda num certame de matadores em Espanha, sem resultados muito animadores.

António João Ferreira brilhou em Azambuja com um toiro-toiro de Dias Coutinho, mas também passou quase despercebido, como os outros matadores nacionais, pela temporada portuguesa. E é pena que assim seja, porque temos neste momento matéria prima de relevo e importância para, se quisermos, voltar a pôr o toureio a pé no patamar que lhe é devido. Mas falta vontade empresarial...

O Campo Pequeno, primeira praça do país, não incluiu este ano matadores na sua curta temporada. E "Juanito" esteve anunciado uma única vez no seu país, na célebre corrida que acabou cancelada na Feira de Outubro em Vila Franca, escândalo que motivou a saída de cena do emblemático empresário Ricardo Levesinho.

E Nuno Casquinha, que no ano passado reapareceu depois de ter estado praticamente dois anos afastado, voltou esta temporada a estar inactivo.

Para mim, a noite-maior do toureio a pé - e até um dos maiores momentos de toda a temporada - foi o fantástico mano-a-mano protagonizado pelo espanhol Marco Pérez e pelo nosso Tomás Bastos em Outubro em Vila Franca de Xira. Há muitos anos que não se sentia numa praça portuguesa um entusiasmo tão vibrante e uma vontade tão grande de ali ficar para os ver lidar outros seis novilhos. 

De resto, Tomás Bastos já triunfara na "Palha Blanco" no Colete Encarnado e tivera também uma passagem de muito sucesso em Agosto pela arena da carismática praça da Nazaré na noite em que alternou com Borja Jiménez.

Gonçalo Alves, que se perfilava para ser o novilheiro-estrela antes de aparecer Tomás Bastos, acabou relegado para um segundo plano, mas sem por isso deixar de ter sobre si os holofotes do público e da crítica, que nele continuam a acreditar.

João D'Alva continua bem posicionado em Espanha e será certamente o próximo espada nacional a tomar a alternativa de matador de toiros, escalão este ano alcançado por Diogo Peseiro, apesar de pouco ter toureado além-fronteiras. Esteve anunciado para a última corrida do ano no Cartaxo, onde faria a apresentação como matador, mas a chuva estragou os planos.

Outros jovens oriundos das nossas escolas de toureio deram também que falar nesta temporada, sobretudo em festejos do outro lado da fronteira, casos de Vicente Sánchez, João Mexia e "Toninho", entre outros.

De resto, há a destacar o regresso da novilhada da "Orelha de Ouro", uma organização da revista "Novo Burladero" que estava há muitos anos adormecida e que voltou em Setembro na Nazaré numa parceria louvável com o empresário Rui Bento, que fora o primeiro a ganhar este troféu na primeira edição desta novilhada.

Resumindo e concluindo: já era tempo de os senhores empresários acordarem e assumirem que o toureio a pé tem que voltar a animar as nossas corridas, sob pena de deixarmos de ir às praças, fartos de ver sempre a mesma coisa e os mesmos cavaleiros...

Fotos M. Alvarenga

Borja Jiménez e Tomás Bastos em ombros na Nazaré

Roca Rey esgotou Santarém no Dia de Portugal
António Ferrera em ombros na Ascensão na Chamusca
Emílio de Justo teve grande presença na praça da Moita
Joaquim Ribeiro "Cuqui" na Moita - triunfo importante
Manuel Dias Gomes foi aplaudido na confirmação da alternativa
em Madrid

Ontem, sábado: 6.327 leram o "Farpas"

 

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sábado, 28 de dezembro de 2024

2024: Caetano na frente!

Moura Caetano liderou o escalafón e teve uma temporada
marcada pelo binómio quantidade/qualidade

Miguel Alvarenga - Mais um ano que chega ao fim sem que, em termos de tauromaquia, nos tenha aberto uma porta de esperança para o futuro. Ficou tudo mais ou menos como estava, aconteceu tudo mais ou menos igual ao que acontecera nas temporadas anteriores. Ou seja, não há ídolos, e os bons toureiros que existem, salvo raras excepções, toureiam todos da mesma maneira - cansam-nos. É sempre tudo igual, sempre mais do mesmo. E as pessoas fartam-se.

Há bons toureiros, há excelentes grupos de forcados, há empresários esforçados e há público para encher as praças. Mas falta-nos um ídolo que arraste multidões e leve o esplendor da tauromaquia a outras paragens, como o fizeram João Moura e Pedrito de Portugal nos seus tempos de ouro. Falta-nos um abanão qualquer para que as coisas não continuem a ser sempre iguais.

Houve esplendor e glamour em algumas praças, nomeadamente nas de Lisboa, da Moita, de Vila Franca, de Santarém, Almeirim e Nazaré, Montemor e Sobral de Monte Agraço - com grandes e recordadas corridas de praça cheia, esgotadas em algumas ocasiões. Mas fica sempre a questão: o que este ano nos trouxe de novo em termos de tauromaquia? O que mudou? É o que vamos tentar descobrir a seguir e nos próximos dias, até o ano chegar ao fim. 

Não se trata de um balanço da temporada, não se trata de aqui eleger e enaltecer aqueles que tourearam melhor ou pior. É, apenas e só, uma rápida passagem em revista de um ano que dentro de dias acaba. Começo pelos cavaleiros, nos próximos dias falarei dos matadores, dos empresários e de alguns casos que marcaram a temporada.

Realizaram-se 143 espectáculos taurinos, segundo os dados estatísticos divulgados recentemente pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), o que referencia, nos últimos anos, 2024 como a temporada em que se efectuaram menos festejos - mas isso não significa que a tauromaquia esteja em baixo ou que se tenha verificado um maior desinteresse popular pelo espectáculo de toiros. 

Significa, antes, um primeiro sinal daquilo que vai passar a ser a tauromaquia num futuro muito próximo - e que eu vaticino e aconselho há muitos anos. Menos espectáculos. Melhores espectáculos.

Os tempos mudaram. Antigamente havia muito menos opções de entretenimento. Era quase só o futebol e as touradas. E os toureiros eram ídolos como os futebolistas, paravam o trânsito em Lisboa. Hoje há centenas de outras atracções. E a tourada não tem sido cuidada e tratada como devia e merecia ser pelos seus próprios intérpretes e pelos seus empresários.

Quatro corridas em Lisboa, por exemplo, são suficientes. Deviam era ser mais cuidadas, melhor preparadas, como já o foram na temporada passada e como tudo indica que o vão ser na próxima. Se cada corrida no Campo Pequeno for um acontecimento único como o são os grandes concertos, com casa cheia, ninguém se incomodará por serem só quatro. Têm é que ser quatro corridas fantásticas.

Ter havido este ano apenas 143 festejos taurinos não significa, repito, que a tauromaquia esteja em baixo. Traduz, isso sim, cada vez mais, uma defesa dos empresários face a um cansaço mais acentuado do público e do aficionado em relação à constante repetição de cartéis, à assustadora falta de imaginação da maior parte dos montadores de touradas e à ausência de grandes figuras que motivem uma mexida igual à que ocorreu nos anos 70 com João Moura e depois dos 90 com Pedrito. Por outras palavras: o espectáculo continua, mas sem aquela motivação que outrora entusiasmava as pessoas a irem à bilheteira e a esgotar as praças com uma semana de antecedência.

Esta temporada, houve lotações esgotadas em Almeirim (com Pablo Hermoso), em Santarém (com Roca Rey), em Lisboa (com uma semana de antecedência, outra vez com Pablo Hermoso), em Sobral de Monte Agraço e noutras praças, havendo a destacar enchentes nas corridas da Nazaré, em algumas da Moita e Vila Franca, em Portalegre, em Montemor e Alcochete, entre outras.

João Moura Caetano liderou o escalafón nacional pelo segundo ano consecutivo. Toureou em 31 corridas em Portugal e mais 9 em Espanha, totalizando 40. Uma proeza em que a quantidade também quis dizer qualidade, evidenciando o momento altíssimo em que se encontra. 

Seu pai, o Maestro Paulo Caetano - que em 2025 celebra 45 anos de alternativa - chegou também, no seu tempo, a liderar por duas vezes o escalafón, somando num ano 50 corridas - num tempo em que se realizavam mais de 200 espectáculos. Mais difícil - e, por isso, mais extraordinário - é tourear 31 corridas num ano em que houve 143, o que se traduz no interesse que o toureiro teve para os empresários e, obviamente, para o público.

2024 ficou também marcado pela despedida do veterano Rui Salvador, que comemorou 40 anos de alternativa e triunfou em todas as praças por onde passou, deixando a saudade de quem se foi embora num momento fantástico e ainda por cá podia continuar por muitos e bons anos. Rui Salvador é, pela temporada que fez, muito justamente, para mim, o grande triunfador de 2024. E até um dia!

A marcar sempre a diferença, num momento em que (quase) todos toureiam da mesma maneira, andou um ano mais Marcos Bastinhas - por isso, também não tenho a menor dúvida em o eleger como um dos cavaleiros que mais marcas deixou nesta temporada de 2024.

João Moura Júnior continuou a sua caminhada de glória, mantendo o selo de primeira figura do toureio actual, à frente de um pelotão de triunfadores em que figuram João Ribeiro Telles, Francisco Palha, Manuel Telles Bastos, Filipe GonçalvesDuarte Pinto, João Salgueiro da Costa, Miguel Moura e Luis Rouxinol Júnior, entre outros.

Todos os que referi - e os que não referi - tiveram tardes e noites marcantes, mas faltou uma regularidade triunfal para que pudéssemos eleger qualquer um deles como triunfador-maior da temporada. 

São todos muito bons, toureiam todos muito bem e ficam todos óptimamente em qualquer cartel, sem destoar, mas não há hoje um como houve João Moura no seu tempo que nos entusiasme e atraia tanto como o "Niño Prodígio" o fazia. Essa é que é essa.

No plano dos veteranos, o mesmo João Moura de que acabei de falar continuou a dar lições. Mas continuou também a afligir-nos sempre que o vemos, angustiados, lidar um toiro em praça - e a queda em Setembro em Sobral de Monte Agraço foi um aviso a que ele não pode fechar os olhos. 

Uma dieta urgente - e necessária - devolver-nos-ia o grande João Moura por mais bons uns anos. Se não tiver essa força de vontade, melhor será fechar a porta e não arrastar mais uma imagem que não tem absolutamente nada a ver com a do João Moura que nos deu tantas alegrias no passado. Força de vontade, João! Basta isso.

António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Ana Batista continuaram a deitar cartas e a manter acesa a chama de outros tempos. São figuras que dá sempre gosto ver. Assim como Gilberto Filipe, que celebrou com toda a dignidade e valor os seus 20 anos de alternativa.

E dos antigos falta abordar Rui Fernandes, cavaleiro-figura que voltou a tourear muito pouco entre nós, baseando a sua actividade em Espanha, com presença nas principais feiras, uma estratégia que, a meu ver, deverá modificar, porque é um cavaleiro que faz falta às grandes competições nas nossas praças.

A nova geração tem promessas de sobra para assegurar o futuro: também a tourear muito pouco em Portugal (estratégia de deverá ser alterada no próximo ano, com a alternativa marcada para uma das grandes noites do Campo Pequeno), Duarte Fernandes marca a diferença entre os novos e é, sem dúvida, a grande figura do futuro.

Futuro esse garantido também pelo valor e pela essência de bons cavaleiros como Paco Velásquez, António Prates, David GomesGonçalo Fernandes (um toureiro que merecia estar em cartéis mais importantes), António Ribeiro Telles filho (em ano importante de consolidação e afirmação), Tristão Telles Queiroz, Joaquim Brito Pais, Diogo Oliveira, Manuel de Oliveira e Francisco Maldonado Cortes, havendo este ano a destacar um jovem cavaleiro amador que começa a dar nas vistas, Vasco Veiga. E ainda Tomás, o novo Moura. E não podemos esquecer Mariana Avó, jovem cavaleira que fez a prova de praticante e já começa a dar nas vistas.

De Espanha veio pela última vez Pablo Hermoso de Mendoza e continuou a animar os nossos cartéis, ainda que em menos corridas, Andrés Romero, havendo também a referenciar as triunfais presenças em algumas praças nacionais do mexicano Emiliano Gamero.

Resumindo e concluindo, no que aos cavaleiros diz respeito: continuam todos a tourear muito bem, mas toureiam todos igual e o público já anda cansado de ver sempre mais do mesmo

A confirmar o que escrevo, recordarei apenas a corrida de quinta-feira da Feira da Moita em Setembro, que por tradição era a que enchia sempre. Este ano, o empresário Ricardo Levesinho montou um cartel-estrela com os dois primeiros do toureio equestre, Moura Jr. e João Telles, e ainda a novidade Duarte Fernandes - e o resultado foi dramático e bem revelador do que se passa hoje na tauromaquia lusa. Meia casa, a entrada mais fraca de todas as da Moita. Mais palavras para quê?...

O público está farto de ver sempre a mesma coisa, de ver sempre os mesmos cavaleiros a tourearem sempre da mesma maneira. Antes de ir, posso deixar a crónica feita, porque já sei tudo o que vai acontecer e nem sequer tenho dons de adivinho... 

A excepção continua a ser Bastinhas e este ano não se pode falar do toureio equestre sem falar de Rui Salvador, que saíu em glória e num momento de forma altíssimo. Não tenho a menor dúvida, repito, em proclamá-lo como grande triunfador desta temporada.

Amanhã, domingo, farei uma breve análise (não é um balanço, repito) do que aconteceu em termos de toureio a pé - e do que fizeram e não fizeram os nossos empresários... para depois, no início da semana, aqui recordar a temporada dos nossos forcados (cada vez mais estranha e com alguns grupos consagrados a pegarem pouquíssimo... sem que. ninguém mexa um pêlo para alterar a situação...).

Fotos M. Alvarenga

Rui Salvador - o grande e verdadeiro triunfador da temporada

Toureiam todos igual - Bastinhas faz a diferença!
Rui Fernandes - precisamos dele mais vezes a tourear cá
E contem as histórias que contarem, o futuro chama-se Duarte
Fernandes!