Num curto, sucinto e pouco explícito comunicado, subscrito pelo seu Relações Públicas, Armando Jorge Teixeira, o cavaleiro João Moura anunciou ontem um corte de relações comerciais com a empresa "Gestoiro", de Paulo e Rodrigo Tendeiro - sem explicar porquê.
O comunicado adiantava que ficavam assim sem efeito os quatro contratos que Moura fizera com a referida empresa, o primeiro dos quais para a corrida do próximo dia 26 em Alcácer, cujos cartéis foram hoje divulgados pela "Gestoiro", sendo João Telles Jr. o toureiro que substitui o anunciado Maestro de Monforte.
Segundo o "Farpas" conseguiu apurar (aguarda-se a todo o momento uma tomada de posição pública dos empresários a dar a sua versão dos factos - como convém e se exige) a "nega" de Moura teve a ver com os toiros.
Ficou acordado em reunião havida em Évora, a seguir à corrida recentemente televisionada, que os toiros seriam dos Herdeiros de Cunhal Patrício (ganadaria representada pelo conhecido José André). Moura rompeu o contrato com a "Gestoiro" depois de estar ter decidido que os toiros, afinal, seriam os da nova ganadaria de Conde Arriaga - os toiros que estavam para ser toureados no passado dia 1 de Maio em Montemor, marcando a estreia desta ganadaria, tendo a corrida sido adiada devido ao mau tempo.
"A empresa não respeitou o que tinha sido acordado na hora da contratação. Além disso, João Moura nunca iria tourear toiros de uma ganadaria que não se conhece ainda, que vai ser estreada, de que nunca foram lidados toiros nenhuns", adianta uma fonte próxima do cavaleiro.
Aguarda-se agora a versão dos empresários.