domingo, 31 de dezembro de 2017

Feliz Ano Novo!


A Equipa "Farpas" deseja a toda a Família Taurina, aos nossos anunciantes, aos nossos leitores que mantêm a sua preferência diária aqui, um Feliz Ano Novo, cheio de sucessos, menos intriguices e muito trabalho e esforço em prol da união que tanta falta nos faz.
Façam o favor de entrar com o pé direito!



Em 2018 ultrapassaremos os 20 MILHÕES de leitores! Obrigado a todos! Ontem, sábado: 4.435



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A Figura do Ano: Fernando Quintella


Foi um dos grandes e notáveis Forcados da sua geração. Fernando Reynolds Quintella tinha 26 anos e era um dos grandes pilares do consagrado Grupo de Forcados Amadores de Alcochete. Morreu na madrugada de 16 de Setembro no Hospital de São José, em Lisboa, não resitindo às graves lesões que sofreu horas antes, na noite de dia 15, durante uma pega a um toiro da ganadaria Prudêncio com 530 quilos naquela que era a última corrida da Feira Taurina da Moita.
Estreara-se na praça francesa de Mont de Marsan a 21 de Julho de 2008 e era filho e irmão dos também forcados do Grupo de Alcochete, João Quintella e Joaquim Quintella.
A sua trágica morte ocorreu apenas nove dias depois do falecimento do também forcado Pedro Primo, dos Amadores de Cuba, também vítima de colhida fatal numa corrida realizada na sua terra, num ano que ficou ainda tristemente assinalado no mundo da tauromaquia pela cornada fatal sofrida em França pelo matador espanhol Iván Fandiño.
O mundo taurino nacional, já há alguns dias em estado de choque com a morte de Pedro Primo, voltou a vestir-se de luto pelo trágico desfecho da colhida sofrida na praça "Daniel do Nascimento" por Fernando Quintella - que foi um grande Forcado, mas foi sobretudo um Homem bom, dotado de sentimentos e lutador por causas que tinham sobretudo a ver com a sua preocupação pelo bem estar dos outros.
Ainda e sempre, em sua memória e em sua homenagem, destacamo-lo como a Figura do Ano.
Fernando Quintella deu a vida pela Festa e pelos Forcados, que tão bem representou e tão bem dignificou em nove anos que marcaram e o impuseram como um dos melhores na nobre e tão portuguesa arte de pegar toiros.
Que em paz descanse.

Foto Emílio de Jesus


Os empresários taurinos TOP do ano que passa

Rui Bento e a Drª Paula Mattamouros Resende, a dupla de sucesso da praça
de toiros de Lisboa, que continua a ser o espelho e o exemplo da temporada
"Nené" continua a ser o maior exemplo do empresário taurino "à antiga", marcando
a temporada com as suas cuidadas e sérias organizações em duas praças-chave,
as de Évora e Alcochete
João Pedro Bolota levantou a cabeça e levou a efeito os maiores cartéis de
sempre na Feira de Santarém, mas o público não correspondeu como se desejava
e se impunha
Paulo Vacas de Carvalho e Simão Comenda (na foto, ladeando António Vacas de
Carvalho, cabo do GFA de Montemor) organizam uma única corrida de toiros
por ano, mas o sucesso, o empenho e a seriedade, bem como o bom gosto com
que a fazem, merece todo o destaque e continua a ser um exemplo
Rafael Vilhais levantou as praças de Salvaterra e de Beja. O seu único Calcanhar
de Aquiles
foi a Moita...
Paulo Pessoa de Carvalho encheu Vila Franca no Colete Encarnado com Padilla,
mas depois "borrou a pintura" na Feira de Outubro e, embora as culpas do desaire
não lhe caibam por inteiro, pecou por nunca ter vindo a público esclarecer o que
verdadeiramente se passou com os toiros de Santa Maria
Fernando dos Santos continua a ser o empresário que mais festejos organiza
(Albufeira e Nazaré) e aquele que mais promove os novos valores do toureio
Ricardo Levesinho esteve um ano mais ao leme do Coliseu Figueirense e diz-se
agora que pode regressar à sua "Palha Blanco" em Vila Franca
José Luis Gomes voltou a esgotar em Setembro a praça do Sobral de Monte
Agraço. Em baixo, o logotipo da nova empresa que gere a Monumental de Coruche
e que foi uma das agradáveis surpresas desta temporada de 2017


Miguel Alvarenga - Embora não tenham sido ainda divulgados os dados oficiais da Inspecção-Geral de Actividades Culturais (IGAC) quanto ao número oficial de festejos taurinos celebrados em Portugal no ano que hoje chega ao fim, os números apontam para cerca de 190 - o que representa um excesso de espectáculos.

Campo Pequeno

Entre as empresas Top de 2017, há que começar por destacar o labor levado a cabo na primeira praça do país, a do Campo Pequeno, que este ano celebrou o seu 125º aniversário, pela dupla que a gere, Drª Paula Mattamouros Resende e Rui Bento.
Nem tudo foram rosas e houve corridas a que o público não afluiu como era de esperar, destacando-se entre estas a do "mano-a-mano" Pablo Hermoso de Mendoza/Manzanares, que encheu sem esgotar (como se impunha) e também aquela em que participaram Rui Fernandes, Leonardo Hernández e Moura Caetano, que apesar do elenco bem rematado, poucos aficionados atraíu às bancadas da praça lisboeta.
De resto, houve três lotações esgotadas - a corrida de abertura, a da comemoração dos 125 anos e a de gala à antiga portuguesa que encerrou o Abono -, o que uma vez mais abonou em favor da credibilidade empresarial de quem gere a primeira praça de Portugal e também do patamar bem alto a que eleveram a Monumental a nível internacional e, obviamente, a nível nacional.
Num balanço geral, há que mencionar de novo a aposta no toureio a pé e nas corridas mistas e o cuidado imposto na composição dos cartéis, na globalidade atractivos e bem rematados. Houve ausências notadas, como as de Diego Ventura e de João Ribeiro Telles, que suscitaram mesmo alguma polémica e também trocas de mimos entre a empresa e os próprios toureiros ou seus apoderados.
O fenómeno Padilla, que se tornou no novo ídolo da aficion nacional, acabou por expirar na quarta actuação do jerezano, em Setembro, onde passou de bestial a besta e foi alvo de uma das maiores broncas dos últimos tempos. Por Lisboa passaram as grandes figuras do toureio a cavalo e no que respeita ao toureio a pé há que destacar a histórica noite de Manzanares em Julho e também as presenças marcantes de António Ferrera, "El Fandi", Juan del Álamo e do português Manuel Dias Gomes, único matador luso que este ano toureou no Campo Pequeno, triunfando forte na noite da bronca a Padilla.

António M. Cardoso "Nené"

Decano dos empresários taurinos nacionais em actividade, António Manuel Cardoso "Nené" (Toiros & Tauromaquia) manteve em 2017 a liderança dos que ainda simbolizam e engrandecem a imagem de um passado glorioso dos grandes empresários tauromáquicos nacionais.
Gestor taurino "à antiga", intocável na seriedade dos cartéis que monta e, sobretudo, dos toiros que apresente, o veterano "Nené" levou o barco a bom porto nas praças de Alcochete e de Évora e em algumas outras organizações, como por exemplo a corrida que levou a efeito em Vendas Novas. Cartéis cuidados, bem rematados e sempre a garantia do toiro-toiro continuam a ser as tónicas da exemplar actividade deste sério empresário que um ano mais marcou a diferença.

João Pedro Bolota

Depois de ter sido conhecido como "o empresário da praças cheias", João Pedro Bolota (Aplaudir) conheceu algum declínio na sua actividade em 2016, sobretudo na gestão da praça da Moita (que acabou por perder), mas esta temporada voltou a levantar a cabeça e a mostrar que está vivo e bem vivo.
Os cartelazos que montou na Feira de Santarém foram a nota mais alta do seu labor empresarial em 2017, havendo só a lamentar que o público não tenho correspondido, como se impunha e desejava, aos ousados elencos que montou com as maiores figuras de Espanha e de Portugal.
Na Monumental do Montijo (em parceria com Abel Correia) levou a efeito as corridas habituais, destacando-se as duas que compuseram a Feira de S. Pedro e na Póvoa de Varzim voltou a marcar a temporada nortenha com a realização da usual Corrida TV/Norte, em parceria com a Casa do Pessoal da RTP.
Por ser um empresário agressivo, sério e aficionado, muito se continua a esperar de si em 2018.

Simão Comenda e Paulo Vacas de Carvalho

Apesar de actualmente e desde há alguns anos organizarem apenas uma corrida de toiros anual, a da Feira de Setembro em Montemor-o-Novo, os empresários Simão Comenda e Paulo Vacas de Carvalho (Montemor é Praça Cheia) continuam a destacar-se pelo empenho, pela seriedade e pelo bom gosto com que levam a efeito esta sua já histórica organização.
Bons toiros (de António Silva), competição entre destacados cavaleiros (este ano, António Telles, João Moura Jr. e João Ribeiro Telles, os grandes triunfadores do ano) e a tradicional tarde de consagração dos Forcados Amadores de Montemor voltaram a marcar aquela que é uma das mais esperadas e mais importantes corridas da temporada, pelo que é de inteira justiça destacar no ano que passa o dedicado e sério labor desta dupla triunfadora.

Rafael Vilhais

É a mais recente e agradável novidade da classe empresarial taurina nacional. A seriedade e o empenho que põe nas suas organizações estão a dar frutos altamente positivos. Levantou as praças de Salvaterra de Magos (esgotada na Tourada Real e cheia em Maio no Concurso de Ganadarias) e de Beja (esgotada na corrida de Agosto) com cartéis ousados, atrevidos e muito bem rematados.
Brilhou também nas Caldas da Rainha e o único Calcanhar de Aquiles de Rafael Vilhais foi mesmo a praça da Moita, onde não conseguiu encher em Maio com o "mano-a-mano" Ventura/Roca Rey e onde conheceu o fracasso na Feira de Setembro, com as casas mais fracas dos últimos anos. Uma praça e uma gestão que Rafael Vilhais vai ter que reajustar e modificar em 2018.

Paulo Pessoa de Carvalho

Jovem e empreendedor empresário, ex-forcado de valor dos grupos das Caldas e de Montemor, Paulo Pessoa de Carvalho destacou-se durante vários anos à frente da praça das Caldas da Rainha e atirou-se depois para vôos mais arriscados e de muito maior responsabilidade, nem sempre sendo bem sucedido.
Foi o caso de Vila Franca, cuja Feira de Outubro andou mais ou menos à deriva pela péssima qualidade dos toiros, havendo mesmo a registar uma bronca monumental na nocturna de terça-feira, que o terá feito perder a "Palha Blanco". A culpa, que Paulo Pessoa nunca esclareceu devidamente (o que teria abonado em ser favor e poderia mesmo ter limpo a má imagem que acabou por deixar), foi atribuída à ganadaria de Santa Maria, que terá mandado para Vila Franca toiros que não tinham sido escolhidos e o caso, diz-se, segue dentro de momentos na barra dos tribunais.
De resto, Paulo Pessoa honrou com a usual seriedade os seus outros compromissos. Encheu Vila Franca pelo Colete Encarnado com Padilla e as corridas que montou na Chamusca e em Vinhais também nada tiveram a apontar.
Deixará certamente de estar ao leme da praça de Vila Franca, mas nem por isso perderá a sua notoriedade e a sua credibilidade de bom empresário no ano que arranca amanhã. Por morrer uma andorinha nunca acabou a Primavera.

Fernando dos Santos

Mantém o estatuto inabalável de ser o empresário que mais festejos organiza por ano, sobretudo na Monumental de Albufeira e também o estatuto de gestor taurino que mais aposta na juventude e que  mais oportunidades dá aos novos, levando a efeito o maior número de novilhadas e festejos populares que se realizam por ano em Portugal.
Nem sempre bem conseguida, a sua nova aventura empresarial na praça de toiros da Nazaré teve também, um ano mais, o cunho vincado da sua personalidade de grande aficionado, organizando elencos bem rematados e que marcaram a época de Verão nessa carismática arena.

Ricardo Levesinho

Iniciou a sua actividade empresarial na praça da sua terra, a de Vila Franca, desenvolvendo um trabalho notável ao longo de vários anos - e diz-se que pode regressar em 2018 à "Palha Blanco", o que seria de inteira justiça e faria todo o sentido.
Enquanto isso, Ricardo Levesinho (Tauroleve) geriu a praça de toiros da Figueira da Foz, onde deverá permanecer, levando a efeito três corridas, de que sobressaíu a última, televisionada pela RTP e com um cartel de seis cavaleiros mais ao gosto do público do Coliseu Figueirense.
É um empresário com credibilidade e obra feita e por isso mesmo muito se espera dele em 2018.

José Luis Gomes

Antigo cabo dos Forcados Amadores de Lisboa, posto em que sucedeu ao histórico Nuno Salvação Barreto, José Luis Gomes iniciou há uns anos a sua actividade empresarial e tem sobressaído na gestão da praça de Sobral de Monte Agraço com as organizações cuidadas do tradicional Festival Taurino de 25 de Abril e com a corrida da Feira de Setembro, que este ano voltou a ter lotação esgotada.
Menos sorte teve noutros empreendimentos, como foi o caso da praça de toiros do Cartaxo, de que se tornou adjudicatário no início do ano, acabando por desistir depois de algum insucesso nos primeiros espectáculos que montou. No início do ano, assumira também a gestão da praça alentejana de Alpalhão, em parceria com Paulo Pessoa de Carvalho, mas acabaram por não levar a efeito nenhum espectáculo.
Em 2018 manter-se-à ao leme da praça do Sobral e diz-se que tem outro projecto grande provável numa outra praça a que se irá candidatar...

De Caras Tauromaquia

Composta por dois novos empresários, ex-forcados de Coruche, esta empresa denominada De Caras Tauromaquia foi uma das agradáveis surpresas da temporada de 2017, gerindo a Monumental de Coruche com resultados brilhantes, destacando-se a tradicional corrida de 17 de Agosto em que se homenageou a memória de Mestre David Ribeiro Telles e a de Setembro com sérios toiros da ganadaria Palha.
O trabalho dos novos empresários foi notável e engrandeceu o prestígio da praça de toiros do Sorraia, dizendo-se agora que pode haver a possibilidade desta dupla empresarial se vir a candidatar a uma outra praça.

Outros empresários em destaque

Para lá dos que referimos anteriormente, outros empresários se destacaram nesta temporada de 2017, havendo a realçar os primeiros e bons cartéis do ano levados a efeito pelo Dr. Joaquim Grave em Mourão; as boas corridas organizadas por Rui Palma, um jovem e empreendedor empresário com sucessos marcantes nos festejos que levou a efeito em Montemor-o-Novo em Maio (onde deverá voltar a organizar uma corrida no próximo ano), em São Manços (onde continua) e na Messejana, entre outros; bem como as usuais organizações de Vasco Durão (Verdadeira Festa) nas praças de Reguengos de Monsaraz, de Alcácer do Sal e da Amareleja, a que vai juntar no próximo ano a gestão da praça de Estremoz.
Destaque, ainda, para Luis Miguel Pombeiro, na sempre cuidada gestão da praça de toiros de Idanha-a-Nova, onde este ano organizou apenas uma corrida, mas que foi um êxito; e para o Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande, da Praia da Vitória, Ilha Terceira, belas duas bem montadas corridas que em Agosto marcaram na Monumental de Angra do Heroísmo as Festas da Praia; bem como para a Tertúlia Tauromáquica Terceirense pela montagem da tradicional Feira Taurina das Sanjoaninas, em Junho em Angra.

Fotos D.R. e Maria Mil-Homens







Aos primeiros minutos de 2018 serão finalmente conhecidos os cartéis dos Festivais de Mourão


Joaquim Grave revelará depois da meia noite, aos primeiros minutos do novo anos, os dois cartéis oficiais dos Festivais da III Feira Taurina da Senhora das Candeias, que a 1 e 4 de Fevereiro abre oficialmente na praça alentejana de Mourão a temporada tauromáquica nacional.
A expectativa é muita para conhecer os dois elencos, sabendo-se desde já que o cavaleiro Francisco Palha e os Forcados Amadores de Santarém integram o primeiro elenco (dois cavaleiros, devendo o segundo ser o praticante David Gomes, como esta semana adiantámos, um matador e três novilheiros, com seis novilhos-toiros de Calejo Pires) e que os matadores espanhóis Curro Díaz, "El Cid" e José Garrido actuam no segundo festejo, de seis diestros a pé, com novilhos-toiros de Murteira Grave e a presença praticamente assegurada de Manuel Dias Gomes como único matador luso.
Estejam atentos. Mais logo, aos primeiros minutos de 2018, serão aqui conhecidos os cartéis!

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"Novo Burladero" nas bancas a 5 de Janeiro, iniciando as comemorações do seu 40º aniversário


Iniciando as comemorações do seu 40º aniversário, a revista "Novo Burladero" terá o seu primeiro número de 2018, dedicado às ganadarias, à venda no próximo dia 5 de Janeiro em todos os postos habituais.
A não perder.


sábado, 30 de dezembro de 2017

Canal Campo Pequeno TV analisa as 6 melhores pegas do ano em Lisboa


O canal Campo Pequeno TV e um júri constituído para o efeito, analisaram a temporada 2017 em Lisboa e seleccionaram os respectivos nomeados e triunfadores. Daí resultaram vários programas, um deles, já disponível, integralmente dedicado aos Forcados.
Moderado por José Cáceres, contou com a participação de Vasco Pinto, António Alfacinha e João Grave e nele se avaliam inúmeras situações respeitantes a pegas ocorridas esta temporada na primeira praça do país.
Destaque para as 6 melhores pegas em Lisboa e para o grupo triunfador da temporada – Santarém
O canal Campo Pequeno TV está disponível agora na posição 164 do MEO, no videoclube da NOS e no Vimeo.

Foto Frederico Henriques

Amanhã não perca: as empresas TOP do ano


Amanhã, último dia do ano, não perca aqui no "Farpas" a análise de Miguel Alvarenga às Empresas Top de 2017.
Vamos também eleger a Figura do Ano.


Forcados de Santarém no primeiro Festival de Mourão


O Grupo de Forcados Amadores de Santarém, sob o comando de João Grave, será o único a participar no Festival que no próximo dia 1 de Fevereiro abre, em Mourão, a temporada nacional e onde era já conhecida apenas a presença do cavaleiro Francisco Palha - revela o site tauronews.com.
Neste primeiro festejo lidam-se seis novilhos-toiros de Calejo Pires e o cartel é formado por dois cavaleiros (devendo o segundo ser, como esta semana adiantámos, o cavaleiro praticante David Gomes) e por quatro espadas, um matador de toiros e três novilheiros.
O segundo Festival, no dia 4 de Fevereiro, é, como já foi anunciado, de seis matadores, lidando-se seis novilhos-toiros de Murteira Grave. São já conhecidas as presenças dos espanhóis Manuel Jesus "El Cid", Curro Díaz e José Garrido, sendo praticamente certa também a de Manuel Dias Gomes, único matador português no elenco de Figuras.
Os dois cartéis serão oficialmente divulgados pelo Dr. Joaquim Grave, organizador desta mini-feira de abertura da nossa temporada, às primeiras horas do próximo dia 1 de Janeiro.

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Manzanares não sofreu lesões com a colhida em Cali


José Maria Manzanares, aparatosamente colhido anteontem em Cali, na Colômbia, foi submetido a um TAC ao tórax que descartou a existência de quaisquer lesões.
Manzanares foi volteado pelo quarto toiro da corrida, da ganadaria de Las Ventas del Espíritu Santo, quando o toureava de muleta. Refeito do incidente, o toureiro voltou à arena para terminar a sua lide e foi depois levado para a Clínica Imbanaco, onde foi sujeito a vários exames radiológicos que, felizmente, não detectaram nenhuma lesão grave.

Foto Farley Betancourt/torosenperu.blogspot.pt

Fumo branco: "Juca" será o novo apoderado de Sónia Matias



Depois de se ter separado de António Nunes (que deixou de lhe gerir a carreira depois de duas temporadas de sucesso, por falta de tempo dado o seu empenhado labor na Sociedade de Advogados montijense que defende o "Farpas" e muitas mais figuras e instituições da nossa Festa), a cavaleira Sónia Matias vai ser apoderada pelo seu companheiro e bandarilheiro de confiança João Pedro "Juca" (foto ao lado), que, rectificando a notícia que demos anteriormente, deixa de tourear e assume em exclusivo a representação da cavaleira.
"Fizemos um grande trabalho de equipa, 2017 foi uma época extraordinária, temos grandes projectos para o próximo ano, vamos dar uma lufada de ar puro e por isso decidimos, depois da separação de António Nunes e de termos analisado outras possíveis soluções, que o 'Juca' seria o apoderado ideal para me dirigir a carreira a partir de agora", disse ao "Farpas" a popular toureira, primeira mulher a tomar a alternativa de cavaleira tauromáquica.
Outra novidade é a entrada na quadrilha do jovem e valoroso bandarilheiro Miguel Murtinho, que passará a formar equipa com Ricardo Pedro, ex-novilheiro, bandarilheiro que nos últimos anos já integrara com seu irmão "Juca" a quadrilha de Sónia Matias.

Fotos Carlos Silva e Emílio de Jesus

Maestro Ponce despede-se de 2017 pela porta grande de Cali



O Maestro Enrique Ponce despediu-se ontem da temporada 2017 com uma apoteótica actuação na quarta corrida da Feira do Senhor dos Cristais em Cali, na Colômbia, cortando duas orelhas no primeiro toiro e saindo em ombros pela porta grande.
Ponce, que actuava mano-a-mano com Andrés Roca Rey, deu volta ao ruedo no seu segundo toiro e foi aplaudido no último. O jovem toureiro peruano foi silenciado nos três do seu lote.
Lidaram-se quatro toiros de Las Ventas del Espíritu Santo e dois de Ernesto González, tendo a praça registado uma enchente.

Fotos Rodrigo Urrego B./aplausos.es

Efemérides: José Núncio faria hoje 84 anos e Luis M. da Veiga cumpre 70

José Barahona Núncio completaria hoje 84 anos de vida
Cartaz da corrida de alternativa de José Núncio, a 16 de Agosto de 1962
na praça do Campo Pequeno. Em baixo, Mestre Luis Miguel da Veiga, que hoje
cumpre 70 anos de vida, com sua Mulher, Luísa Freixo da Veiga

José Barahona Núncio completaria hoje 84 anos de vida. Estreou-se toureando a pé no ano de 1948 num festival realizado na Golegã e iniciou em 1951 a sua carreira de cavaleiro tauromáquico na praça de toiros de Alcácer do Sal pela Feira de Outubro. A 27 de Maio de 1955 fez a sua apresentação no Campo Pequeno e a 16 de Agosto de 1962 tomou nessa mesma praça a alternativa das mãos de seu pai, Mestre João Núncio, completando o cartel os matadores de toiros espanhóis Paco Corpas e Pepe Cáceres e os Forcados Amadores de Santarém, com toiros de Manuel César Rodrigues.
Entre 1967 e 1970 esteve afastado das arenas pelo cumprimento do serviço militar no Ultramar, regressando às lides no ano de 1971, actuando em Portugal e em Espanha. Toureou pela última vez a 10 de Outubro desse ano na Monumental de Santarém, pela Feira da Piedade, sofrendo no ano seguinte, a 17 de Fevereiro, uma queda fatídica na Herdade de Vale de Lobos, quando montava o cavalo "Príncipe Igor", que o deixou tetraplégico ao longo de 34 anos, vindo a falecer a 8 de Outubro de 2006. Artista multifacetado e de rara sensibilidade, deixou muitas pinturas, desenhos e esculturas e foi um exemplo raro de dignidade e de vida ao longo de todo o seu calvário, nunca deixando de comparecer nas praças de toiros na sua cadeira de rodas.
Também hoje, 30 de Dezembro, penúltimo dia do ano, cumpre o seu aniversário o cavaleiro Mestre Luis Miguel da Veiga: 70 primaveras. Daqui lhe endereçamos os Parabéns!
Neto de Simão Luis da Veiga e sobrinho de Simão da Veiga Júnior, o ilustre continuador de tão célebre dinastia de cavaleiros tauromáquicos estreou-se em público em Setembro de 1961, com apenas 13 anos de idade, num festejo na praça de Montemor-o-Novo, sua terra natal.
Teve a alternativa marcada com 16 anos de idade, mas tal não lhe foi permitido, acabando por recebê-la aos 18, no ano de 1966, no Campo Pequeno, apadrinhado por David Ribeiro Telles, completando o cartel os matadores Armando Soares e Amadeu dos Anjos e os Forcados de Montemor, com toiros de Ribeiro Telles.
Digno intérprete do toureio clássico durante uma brilhante carreira, recebeu do famoso crítico tauromáquico Américo Saraiva Mendes o cognome de "Príncipe do Toureio a Cavalo", ocupando durante largos anos um primeiríssimo lugar entre os principais toureiros nacionais e formando nos anos 60 uma famosa parelha com José Mestre Batista.
Foi um dos mais importantes cavaleiros tauromáquicos do último século, tendo actuado pela última vez em 2006 no Campo Pequeno, quando já se encontrava afastado das arenas por motivos de saúde, no festejo organizado por Filipe la Féria para reinaugurar a praça de toiros de Lisboa.
No ano passado voltou a vestir a casaca no Campo Pequeno e em Montemor-o-Novo para participar nas cortesias das duas corridas em que foi homenageado pelo 50º aniversário da sua histórica alternativa.

Fotos D.R. e Maria Mil-Homens

Morreu José Lourenço, segundo cabo do GFA de Vila Franca de Xira




Morreu ontem com 85 anos de idade José Lourenço (fotos), que foi o segundo cabo dos Forcados Amadores de Vila Franca de Xira, sucedendo a Joaquim Franco, o fundador e chefiando o grupo de 1949 a 1952, ano em que passou o testemunho a Joaquim Vieira (Quim da Susana).
O corpo esteve em câmara ardente na Igreja da Misericórdia, em Vila Franca, tendo sido sepultado ao início da tarde de hoje no cemitério local.
A toda a Família enlutada, bem como ao GFA de Vila Franca, apresentamos as mais sentidas condolências.

Fotos D.R./@GFA de Vila Franca de Xira


Ontem, 6ª feira: 4.896 leram o "Farpas"



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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

GFA de Alcochete no dia 1 de Janeiro na Monumental do México



O Grupo de Forcados Amadores de Alcochete actua a 1 de Janeiro na maior praça de toiros do mundo, a Plaza México, na Cidade do México. O convite para actuar no majestoso recinto, com capacidade para 42 mil pessoas, assinala, assim, o corolário de uma extraordinária temporada do grupo.
Os 16 forcados viajaram esta terça-feira para o México, com a determinação de levar ao outro lado do Atlântico a cultura portuguesa e mostrar toda a qualidade das tradições taurinas de Portugal. Tradições essas que marcaram profundamente a cultura mexicana. O México, além de Portugal, é o único país taurino onde existem forcados, resultado da influência portuguesa nos anos 70, numa histórica digressão de um grupo constituído por uma seleção de forcados.
Na comitiva, comandada pelo cabo Nuno Santana, está também o histórico e veterano António José Pinto. Figura de renome da forcadagem alcochetense e nacional.
No primeiro dia do ano, na maior praça de toiros do mundo, o Grupo de Forcados Amadores de Alcochete vai pegar toiros da ganadaria San Marcos.

Fotos D.R.

Forcados de Alcochete brilham no primeiro compromisso mexicano


Muito embora todos os sites taurinos espanhóis, referenciando a corrida de ontem em Tlatenango (México), não façam qualquer menção à triunfal participação do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, mas apenas à actuação dos rejoneadores Andy Cartagena (orelha e duas orelhas e rabo), Emiliano Gamero (ovação e duas orelhas e rabo) e Santiago Zandejas (ovação e orelha), a forcadagm nacional honrou - e de que maneira! - os nossos costumes, pegando ao segundo intento os três toiros que lhes estavam destinados, por intermédio de Gonçalo Catalão, Vitor Marques e João Machacaz.
Este foi o primeiro e tarunfal desempenho dos valentes Forcados de Alcochete no México, que no próximo dia 1 de Janeiro vão realizar o sonho de pegar - e honrar Portugal - na Monumental Plaza México.

Foto D.R.



Manzanares aparatosamente colhido em Cali



José Maria Manzanares sofreu ontem em Cali (Colômbia) uma impressionante colhida quando lidava o quarto toiro da corrida, da ganadaria de Las Ventas del Espiritú Santo. O toureiro espanhol, que este ano foi submetido a uma delicada operação devido a uma lesão antiga, terminou a sua actuação e foi depois transferido para a Clínica Imbanaco, onde está ainda em observação.

Fotos Rodrigo Urrego B./aplausos.es


Ontem, 5ª feira: 6.198 leram o "Farpas"


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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Sérgio Nunes: "Vim para Madrid à procura do meu sonho: ser matador de toiros!"

"O querer ser matador de toiros fez-me abandonar tudo no meu país e vir para
Espanha"
Sérgio Nunes (à direita) com o seu primeiro mestre da Academia do Campo
Pequeno, o matador José Luis Gonçalves e com Diogo Peseiro, novilheiro que
também ali deu os primeiros passos


É português, deu os primeiros passos na Academia de Toureio do Campo Pequeno e actualmente frequenta a Escola de Tauromaquia de Madrid. Foi em Alcalá de Henares, terra onde nasceu Cervantes e sob o olhar atento de Dom Quixote e Sancho Pança que o “Farpas” esteve à conversa com Sérgio Nunes .Um jovem que partiu em busca de um sonho além-fronteiras, o de um dia ser matador de toiros.

Entrevista de Fernanda Rita

- Começaste na Academia do Campo Pequeno, há um ano decidiste vir para Madrid. O que te levou a vir para Espanha?
- O querer ser matador de toiros. Ser matador de toiros é uma profissão que em Portugal não pode ser exercida na íntegra. Como tal, a formação de qualquer um que tenha a ambição de o ser, passa necessariamente por outro país do mundo taurino.
- Fizeste uma mudança radical. Paraste os estudos, mudaste a tua vida, vieste para Madrid de malas e bagagens...
- Exactamente! Foi o vir à procura de um sonho, neste caso do meu sonho. Como nos contam naquelas histórias bonitas de toureiros que largaram tudo e mudaram completamente a sua vida para realizar o seu sonho, e por circunstâncias várias o mesmo se passou comigo.
- Como vieste parar à Escola de Tauromaquia de Madrid?
- Foi através de amizades e por querer ir à procura do sítio mais exigente. Esta é uma profissão em que o nível de exigência é extremamente alto, e só é verdadeiramente recompensada se te entregas a ela para seres o melhor. Então resolvi vir para aquela que é considerada a escola mais exigente a nível mundial, de onde saíram inúmeros matadores de toiros e muitas figuras do toureio.
- Fazendo uma comparação entre a Academia de Toureio do Campo Pequeno e a Escola de Tauromaquia de Madrid como vês a tua evolução neste momento?
- São duas realidades completamente diferentes, porque também o ambiente é completamente distinto. Aqui existem muitos jovens que querem ser toureiros, o que faz com que a exigência suba muito comparando com Portugal. Dessa forma para me “manter no comboio”, a minha evolução tem sido muito muito grande.
- Quantas vezes treinas por semana?
- Os treinos aqui na Escola José Cubero “Yiyo” são seis vezes por semana, quatro horas por dia. Àparte da escola, treino por minha conta com matadores de toiros, novilheiros e bandarilheiros.
- Actualmente, para além do toureio, que tipo de actividade profissional desempenhas? Como consegues conciliar o trabalho e o toureio?
- Neste momento é muito difícil viver do toureio. Para me manter durante o Inverno trabalho para pagar o meu quarto, a minha alimentação, etc. Hoje em dia ajudo uma costureira que arranja fatos de tourear, faz arranjos de muletas e capotes. O que me dá uma certa liberdade para treinar e tourear.
- Como foi a tua adaptação num país, numa cidade com uma cultura diferente?
- Sinceramente foi uma adaptação um pouco difícil porque Madrid é uma cidade grande, em que as pessoas à tua volta vivem a mil à hora, o que não lhes permite, portanto, pensar no bem-estar dos outros ou em ajudá-los. Outra parte complicada foi o facto de ter saído de uma escola que tinha poucos alunos, onde tinha um mestre praticamente só para mim e passar para uma escola completamente diferente onde eu sou mais um em trinta alunos. É normal que tenham de dividir melhor o tempo para dar um apoio equitativo a todos. Nesse sentido foi difícil adaptar-me, mas hoje em dia já me habituei a essa situação.
- Também fizeste novas amizades...
- Sim, claro. Um mundo que vives com tanta intensidade faz com que cries ligações fortes com quem o vive da mesma forma que tu. Como vivo exclusivamente para o toureio, a maioria dos meus amigos estão envolvidos nesse meio. E Madrid, como é o epicentro do toureio, faz com que façamos amizades com pessoas de diversas nacionalidades.
- De Portugal do que tens mais saudades?
- Principalmente da minha família e amigos. Mas são ultrapassadas pela vontade que tenho de realizar o meu sonho. A força do “querer” tapa muitas carências que possamos ter.
- Projectos para a próxima temporada...
- Espero que seja uma temporada importante. Este ano foi uma reestruturação da minha aprendizagem, porque havia alguns defeitos que tinham de ser corrigidos. Agora com uma consolidação do meu conceito do toureio, espero dar um passo muito firme de cara ao debute com picadores.
- Uma mensagem para os aficionados...
- Aproveito para desejar um feliz 2018 a todos os aficionados, e que continuemos a dar a grande imagem de afición e defesa pela tauromaquia que nos caracteriza além-fronteiras. Um bem-haja.

Fotos Frederico Henriques e D.R./@Sérgio Nunes/Facebook

Festivais da Granja e de Serpa já têm datas

Festival na praça de toiros da Granja será a 10 de Fevereiro. O de Serpa (foto de
baixo) realiza-se no sábado de Páscoa, 31 de Março

Segundo o site toureio.pt, já têm datas marcadas os tradicionais Festivais Taurinos da Granja e de Serpa, que todos os anos se seguem aos que no início de Fevereiro (dias 1 e 4) abrem oficialmente a nossa temporada em Mourão, por ocasião das festas da Senhora das Candeias.
Na Granja, o Festival será a 10 de Fevereiro, organizado pela Junta de Freguesia e celebrando as Festas em Honra de S. Brás, devendo, como é tradição, ser um cartel de seis cavaleiros.
Em Serpa, o tradicional Festival a favor dos Bombeiros Voluntários, vai realizar.se no sábado de Páscoa, 31 de Março, integrado nas Festas em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe. Será misto e, para já, é apenas conhecida a participação do cavaleiro Luis Rouxinol Júnior.

Fotos D.R.


Califórnia: as novas estrelas da Coudelaria Martins

O "Gucci", com ferro de Pablo Hermoso, neto do célebre "Cagancho"
O "Mandela", com ferro Ortigão Costa. Em baixo, George Martins com Paulo
Jorge Ferreira

O cavaleiro Paulo Jorge Ferreira, radicado na Califórnia (Estados Unidos da América), apresentou na sua página da rede social Facebook as duas novas estrelas da famosa Coudelaria Martins, de George Martins (na foto, com o toureiro da Azambuja).
Os novos cavalos-estrelas da quadra utilizada por todos os cavaleiros lusos que actuam na Califórnia são o "Mandela", um bonito exemplar Lusitano Puro, importado de Portugal do famoso criador Ortigão Costa; e o "Gucci", de 6 anos, Lusitano também, com o ferro de Pablo Hermoso de Mendoza, neto do célebre "Cagancho".

Fotos D.R.