Finalmente e depois da polémica levantada nas redes sociais por Anete Chibanga, filha do saudoso matador de toiros Ricardo Chibanga (foto de cima), insurgindo-se contra o facto de um toureiro da Escola da Moita (foto de baixo) andar a anunciar-se, indevidamente e sem sua autorização, nos cartazes com o apelido de seu pai, a Direcção da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita emitiu este comunicado oficial, que nos acaba de chegar, esclarecendo a sua posição sobre o assunto.
"Face às notícias recentemente divulgadas que têm surgido nos últimos dias relativamente ao nosso aluno Eduardo Chibanga e à utilização do apodo/alcunha/nome artístico 'Chibanga', a Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita vem, por este meio, esclarecer o seguinte:
"O nome 'Chibanga' foi atribuído de forma popular, em ambiente tauromáquico, ao jovem Eduardo enquanto este se encontrava a dar os primeiros passos em Coruche. Quando chegou à nossa Escola, já era amplamente conhecido por esse nome, utilizado de forma natural e respeitosa, como acontece tradicionalmente no meio taurino com muitos jovens aspirantes.
"Importa referir que em momento algum houve, da parte da Escola ou do próprio Eduardo, qualquer intenção de apropriação indevida ou desrespeitosa para com a memória do maestro Ricardo Chibanga, figura maior da nossa história tauromáquica e alguém que respeitamos profundamente.
"Pelo contrário, antes da primeira apresentação pública do Eduardo, em Setembro do ano passado, o próprio Eduardo falou diretamente com Sra. Anete Chibanga, explicando a intenção de utilizar o nome 'Chibanga' como seu apodo artístico. Em simultâneo, através de uma pessoa de confiança ligada á família, foi também feito um contacto adicional. A Sra. Anete expressou não haver qualquer problema com a utilização do nome, mostrando-se agradada com a homenagem e a iniciativa. Foi com base nessa aceitação que Eduardo se apresentou publicamente como 'Chibanga', a 15 de Setembro de 2024, na tradicional novilhada da Feira da Moita.
"Depois da sua actuação, a própria Anete Chibanga teceu elogios públicos à actuação do jovem, demonstrando orgulho e satisfação com o caminho que este estava a trilhar.
"Deste modo, reforçamos que:
- O nome 'Chibanga' foi adoptado num contexto popular, e com base na aceitação da família;
- Nunca houve da nossa parte qualquer atitude incorreta ou ofensiva;
- A utilização de alcunhas ou nomes artísticos inspirados em grandes figuras é prática comum na tauromaquia, feita muitas vezes como homenagem e reconhecimento;
- A comunicação com a família existiu, foi clara, e baseada na boa fé e no respeito mútuo.
"Lamentamos que, numa fase posterior, e por motivos que nos ultrapassam, essa mesma aceitação tenha dado lugar a um discurso menos construtivo. Ainda assim, reafirmamos o nosso compromisso com a ética, o respeito pelas figuras da nossa tauromaquia, e sobretudo com a formação de jovens toureiros conscientes, humanos e respeitadores.
"Estamos de consciência tranquila quanto ao processo vivido, e continuaremos a trabalhar com humildade, verdade e paixão pela tauromaquia".
A Direção
Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita
Fotos D.R.
