O que ao longo do dia de ontem e da manhã de hoje foi uma tempestade, virou bonança num instante, depois de o "Farpas" aqui ter denunciado a escandaleira dos entraves colocados pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), que funciona em Lisboa no Palácio Foz (foto), à realização do Festival dos Bandarilheiros no próximo sábado na praça de Alcochete.
Ontem, os bandarilheiros haviam sido "notificados" para a necessidade de se organizarem como "promotores ocasionais" de espectáculos taurinos para que o Festival fosse autorizado. A "crise" ultrapassou-se depois de a IGAC ter sido devidamente informada de que a promoção do festejo estava a cargo da empresa adjudicatária da praça de Alcochete, a "Toiros & Tauromaquia" - e não dos bandarilheiros que toureiam nessa tarde. Foi notável, neste processo, a intervenção da Associação Nacional de Toureiros (ANDT) em defesa da realização do festejo.
Finalmente, os seis bandarilheiros que integram o cartel do Festival - dois toureando a cavalo e quatro a pé - foram mesmo obrigados a inscrever-se nas respectivas categorias em que vão actuar (cavaleiros amadores e aspirantes a novilheiros), mas a custo zero, a fim de que fossem autorizados a intervir no festejo do próximo sábado.
Duarte Alegrete, o cabeça de cartaz, desdramatizou há momentos a situação num comunicado enviado à imprensa e em declarações ao "Farpas", adiantando que "nos inscrevemos como cavaleiros amadores e novilheiros a fim de o director de corrida poder autorizar no sábado o festejo, mas não nos foi exigido pela IGAC qualquer tipo de pagamento. O Festival está legalizado e autorizado e vai realizar-se".
Valeu a pena agir!
Foto D.R.
