domingo, 28 de agosto de 2022

"Foi bonita a festa, pá!" - grande noite de homenagem a João Cortesão ontem na Figueira da Foz

Miguel Alvarenga - Tive pena, muita pena, mesmo, de não poder estar ontem na Figueira da Foz e também prestar a minha homenagem ao meu querido e nunca esquecido amigo João Cortesão.

"Foi bonita a festa, pá!", como cantava o Chico Buarque e como o João gostava de dizer sempre que as coisas corriam bem.

Mando daqui o meu abraço, forte, de partir costelas, ao Jaime e ao António, que pegaram os dois toiros dos Académicos de Coimbra e assim renderam a mais bonita das homenagens a seu Pai.

Aplaudo o Luis Miguel Pombeiro, pelo êxito grande da corrida, três quartos fortes das bancadas preenchidos, um ambiente enorme e, no fim, todos na arena a receber a calorosa ovação do público, toureiros, forcados, ganadeiro (António Raul Brito Paes deu volta à arena em três toiros, o que só por si diz bem do êxito da ganadaria), campinos, proprietários da praça, empresário. Público em euforia e sem arredar pé.

Foi a corrida do ano na Figueira da Foz, fechando um ciclo como há muito se não via no centenário Coliseu Figueirense.

Bonita e breve, carregada de significado pelas palavras de Pombeiro, a homenagem ao nosso João.

Contou-me o Luis Miguel, que este manhã foi o primeiro a ligar-me para me dar os parabéns (obrigado, também, a todos os que o fizeram por telefonema, por mensagem), que o Luis Rouxinol esteve muitíssimo bem (não sabe estar mal, o Maestro, campeão incrível da regularidade); que o Manuel Telles Bastos esteve extraordinário, com ferros de batida ao píton contrário, com uma lide para recordar; que o Marcos Bastinhas esteve fabuloso, sempre a crescer, com ferros daqueles que criam calafrios no público; que Andrés Romero pôs três curtos como não se viam há muito, quiebros cingidos e emotivos, cravando ao estribo, como mandam as leis; que Joaquim Brito Paes alcançou nível elevado, apesar de ter sido contemplado com o único toiro manso da ganadaria da casa; e que a jovem Mara Pimenta agradou a todos com uma lide variada.

Além do Jaime e do António Cortesão, que pegaram os dois toiros dos Académicos de Coimbra, ambos ao segundo intento (o António não pegava há anos!); foram forcados de cara, pelo grupo da Tertúlia do Montijo, Armando Costa e Igor Paixão, ambos à segunda; e pelo grupo de Cascais, João Galamba e Rui Grilo, os dois à primeira.

Sandra Strech foi a competente directora de corrida e esteve ontem assessorada pelo médico veterinário Hugo Rosa.

Mesmo sem ter estado, estive na Figueira. Abraços, Jaime e António!

Foto Santiago Romero