Cabo do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Chamusca, desde 2011, Pedro Coelho dos Reis considera que, pessoalmente e para o seu grupo, é "um orgulho" pegar a corrida do próximo dia 8 de Setembro, no Campo Pequeno, “em cujo cartel figuram três nomes que são a expressão máxima do toureio a cavalo, a nível mundial”.
Na arena da praça de toiros de Lisboa, considerada a Catedral Mundial do Toureio a Cavalo, vão estar presentes os portugueses João Moura (pai) e João Moura Junior e o rojoenador espanhol Pablo Hermoso de Mendoza.
Pedro Coelho dos Reis refere-se aos grupos de forcados com os quais alternará (Amadores de Tomar e Amadores de Portalegre) como "dois grandes grupos, por onde têm passado grandes forcados" e aproveitou para endereçar “os mais sinceros parabéns e votos de muitas felicidades ao grupo de Tomar”, que esta temporada comemora 60 anos de actividade.
O cabo considera que o seu grupo está “numa fase de transição geracional”, com os novos elementos a serem muito bem enquadrados pelos mais velhos, no que se refere, "não só à vivência especial que só por si constitui o facto de se ser forcado, como no que respeita à filosofia do próprio Aposento da Chamusca”.
“A heterogeneidade, que resulta de um leque etário bastante alargado, acaba por reforçar o processo formativo dos elementos mais novos. Acabamos todos por ganhar quando cruzamos experiências e mentalidades diferentes e este processo está a ser interessantíssimo, porque nos fortalece a coesão”, acrescenta.
Sobre os toiros de Francsico Romão Tenório lembra tratar-se de uma ganadaria “de toiros muito sérios, que transmitem muito no momento da pega e que o grupo tem de estar muito bem a ajudar, quando o toiro chega às tábuas, pois aí os derrotes são de extrema violência e as coisas podem complicar-se…”.
Pedro Coelho dos Reis espera que o Campo Pequeno encha pois, afirma, “é importante em função do momento que a tauromaquia atravessa em Portugal ter praças cheias”, mas admite que, “com um cartel de máximas figuras como este, não só a praça encherá como o toureio ficará altamente dignificado”.
“Espero que, em função das actuações de cavaleiros e forcados e do desempenho dos toiros, o público saia satisfeito e com vontade de regressar”, diz o cabo do Aposento da Chamusca, que termina com o voto clássico: “Que Deus reparta a sorte!”.
Foto Maria Mil-Homens/@Campo Pequeno