terça-feira, 20 de março de 2018

Mundo equestre em estado de choque com brutal agressão a Vasco Mira Godinho

O Maestro Paulo Caetano com os campeões de Dressage, seus alunos, Giovanna
Pass, Vasco Mira Godinho (alvo de brutais agressões no último fim-de-semana
no Estoril) e Maria Moura Caetano Couceiro (sua filha)
Vasco Mira Godinho (primeiro da esquerda e também na foto de baixo) com
Francisco Freire, Maria Moura Caetano Couceiro e Daniel Pinto


O mundo da equitação em estado de choque com a brutal agressão de que foi vítima, no fim-de-semana, no Estoril, no Concurso Nacional de Dressage, o cavaleiro Vasco Mira Godinho.

Este fim-de-semana, como já aqui noticiámos, o jovem cavaleiro, pupilo de Paulo Caetano e uma das grandes referências da actualidade na modalidade da Dressage, foi violentamente agredido nas instalações do centro hípico onde decorria um Concurso Nacional de Dressage, no Estoril.
O ataque, revelam os sites equisport.pt e equitaçao.com foi perpetrado por dois familiares (pai e cunhado) do cavaleiro olímpico Gonçalo Carvalho, a quem são, alegadamente, atribuídos envolvimentos semelhantes noutras ocasiões.
Ao portal da revista "Equitação", Vasco Mira Godinho relatou o sucedido: "Fiz o concurso e quando terminei, à tarde, fui preparar a carrinha para ir embora, guardar os cavalos, as mantas de transporte, etc. Ao passar pelo parque de estacionamento vi o Gonçalo Carvalho, a conversar com umas alunas. Quando chego à minha carrinha vi que estava uma outra viatura branca a bloquear-me a passagem, com o pai e o cunhado do Gonçalo no interior. Quando estava a arrumar as mantas, dirigiram-se a mim, o pai do Gonçalo com as mãos atrás das costas, de onde tirou um bastão e começou a bater-me. Tentei defender-me com o antebraço mas o cunhado puxou-me para as traseiras do centro hípico, esmurrou-me e abriu-me o sobrolho. Entretanto chegou um carro. Ao aperceberem-se, fugiram. Quando saí do estacionamento vi que o Gonçalo Carvalho ainda lá estava e dirigi-me a ele, dizendo-lhe o que o pai e o cunhado me tinham feito. Ao que ele me respondeu: 'isto foi pelo que fizeste ao meu pai'".
De salientar que as autoridades foram chamadas ao local, mas quando chegaram os dois agressores já não se encontravam nas instalações do centro hípico. Gonçalo Carvalho foi "convidado a sair" pelos proprietários das instalações, o que só aconteceu por acção da polícia.
Frederico Pintéus, da organização do CDN, disse à "Equitação": "Muito lamentamos a situação ocorrida. Assim que tivemos conhecimento actuámos de imediato de acordo com o procedimento estabelecido pela FEI/FEP, ou seja, em primeiro lugar prestar o auxílio médico e de seguida contactar as autoridades (PSP), que em poucos minutos compareceram no local, para tomarem conta da ocorrência".
Vasco Mira Godinho foi assistido no Hospital da CUF de Cascais. "Tenho o sobrolho aberto e estou todo negro, cheio de marcas do bastão", disse.
A "Equitação" conversou com diversas personalidades ligadas ao meio equestre, com todas elas, sem excepção, a repudiar e condenar o sucedido. Na rede social Facebook, o cavaleiro Pedro Torres classificou o ataque de "violento e cobarde"; Francisco Cancella de Abreu considerou esta situação "inadmissível e vergonhosa".

Fotos D.R. e Rui Pedro Godinho/equitacao.com