Diogo Durão, presidente da ANGF, fotografado no Campo Pequeno na recente concentração em defesa da Tauromaquia |
Ainda há neste país gente responsável e consciente. Louve-se a decisão da ANGF de adiar todas as Marchas Taurinas que estavam convocadas para o próximo sábado, em nome da defesa da saúde pública
Miguel Alvarenga - Podem os poderosos deste país não ter ainda dado por isso, mas é importante que se destaque - e se enalteça - a atitude responsável e consciente assumida ontem pela Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), através do seu novo presidente Diogo Durão, cancelando todas as Marchas Taurinas que estavam convocadas para o próximo sábado em diversas cidades e vilas do país, em protesto contra a injustiça e a discriminação a que tem sido votada a Tauromaquia.
Como ontem aqui referimos, a ANGF teve em conta, para cancelar as manifestações, "a realidade e os números provocados pela pandemia Covid-19" que "têm piorado nos últimos dias", referindo que, entre as várias razões para o aumento de casos poderão estar "o desconfinamento completamente hipócrita, a permissividade benevolente e promíscua em relação às manifestações públicas que têm acontecido recentemente" e também "a falta de estratégia por parte das entidades responsáveis, entre outras".
E, dando um enorme e louvável exemplo de civismo e de consciência, ao contrário de muitos outros, a ANGF cancelou as Marchas Taurinas porque "somos todos pessoas responsáveis, sérias e conscenciosas em relação à importância que têm os nossos idosos, as nossas crianças, as nossas famílias e a nossa sociedade. Mesmo em relação aos que não gostam da Tauromaquia".
"Apesar de estarmos a ser injustiçados e discriminados, queremos em primeiro lugar proteger os nossos cocidadãos. Não queremos pôr em risco ninguém", justificou o presidente da ANGF, acrescentando que "não vamos ficar parados à espera que esta ditadura do 'Gosto' nos seja ilegalmente imposta".
"Assim, e não restando outra alternativa, reagiremos pelos meios judiciais tidos por adequados à protecção intransigente da nossa causa - Cultura", acrescentou.
E "face aos números procupantes da região de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, quando à situação do Covid-19, decidimos alterar a data das nossas marchas para outro dia o mais próximo possível, esperando nós que, nessa data, a situação possa estar mais controlada".
Um exemplo. Ponham os olhos, senhores que nos (des)governam, na atitude dos Forcados!
Fotos M. Alvarenga e D.R.