Questionado ontem por Miguel Ortega Cláudio no Directo do site "Tauronews" sobre se "se considerava injustiçado" pelo facto de, depois da temporada triunfal de 2021, não estar incluído nos primeiros cartéis de 2022 que já estão fechados e anunciados, o jovem cavaleiro Luis Rouxinol Jr. começou por referir que "não queria entrar em polémicas", mas considerou que "como quem cala, consente, acho que devo ter uma palavra a dizer sobre isto, tendo em conta a temporada que tive no ano passado e em que fui um dos cavaleiros mais destacados, graças a Deus", sublinhando contudo que apoia e confia "a 200 por cento" em todo o trabalho que está a ser desempenhado pelo seu apoderado Rui Bento, que referiu como "um taurino e um profissional como não há igual".
"O meu pai disse-me que isto que me está a acontecer é só um bocadinho do que lhe aconteceu a ele, passou pelo mesmo e hoje em dia é uma máxima figura do toureio, por isso tenho lá em casa o maior exemplo e o maior espelho", afirmou.
Luis Rouxinol Júnior, que foi ontem entrevistado por Ortega Cláudio e João Vilaverde (fotos de baixo) começou por falar dos Açores:
"Desde que se realiza a Feira das Sanjoaninas que é tradição serem repetidos os triunfadores do ano anterior. Em 2021 fui o triunfador da feira e ganhei o prémio da melhor lide. Disseram que seria este ano o primeiro cavaleiro a ser contratado, contudo... o telefone não tocou e os cartéis estão na rua...".
Depois, falou de Santarém:
"Estive anunciado em 2020, antes da pandemia, mas depois nesse ano as corridas não se realizaram e no ano passado também não. E este ano, os meus dois colegas que estavam anunciados comigo nesse cartel de 2020 estão em Santarém... e eu também não estou... Bem sei que a empresa não é a mesma, mas tem muitos colaboradores que são os mesmos!".
Quanto a Coruche, disse:
"É uma praça onde triunfei já várias vezes e que constituiu uma rampa de lançamento para mim no início da minha carreira. Lembro-me da tarde do mano-a-mano com Francisco Palha e de outras em que ali dei sempre a cara. Desde 2019 nunca mais fui contratado para tourear em Coruche...".
E quanto a Vila Franca de Xira:
"Houve, de facto, contactos do empresário Ricardo Levesinho com o meu apoderado, não chegaram a acordo, tudo bem, são coisas que acontecem. Mas custa um bocado... é uma das praças mais exigentes do país e onde tive muitas actuações boas...".
Quanto à Moita, praça também gerida pelo empresário Ricardo Levesinho, Luis Rouxinol Jr. disse que "ainda lá posso ir".
O cavaleiro referiu ainda que também não vai estar este ao em Alcochete:
"Outra praça onde não vou estar... depois da corrida do ano passado, em que tive uma das melhores actuações da minha carreira, se não mesmo a melhor. A Feira de Agosto já está montada e o telefone nem sequer tocou, a empresa não manifestou qualquer interesse em que me contratar para tourear este ano em Alcochete...".
"Mas não estou aqui para me lamentar", afirmou Rouxinol Jr., considerando que todas essas "injustiças" lhe dão "ainda maior alento" para se superiorizar e manter o seu elevado nível em todas as outras praças onde está anunciado.
"Já tenho dezasseis espectáculos garantidos, começo a temporada no próximo sábado no festival do Redondo, tenho depois mais festivais, vou a Serpa e a Santo António das Areias, toureio a 25 de Abril em Alter, vou duas tardes ao Montijo, uma das minhas praças talismã, estou em Abiul, uma praça que dá sempre valor aos toureiros que triunfam, vou à Nazaré, à Figueira da Foz, às Caldas da Rainha, a Moura. Tenho uma temporada bonita que está a ser delineada ao pormenor", disse Rouxinol Jr., adiantando que também existem neste momento conversações para estar em 2022 no Campo Pequeno, praça onde não toureou no ano passado.
Fotos M. Alvarenga